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Estado de Minas

Oposição vê asilo a Snowden como 'questão delicada'

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou hoje que essa é uma questão a ser tratada sem irracionalidade e mensurando o interesse do Brasil em esclarecer os fatos


postado em 17/12/2013 14:36

Para a oposição, a concessão de asilo político ao ex-técnico da CIA Edward Snowden pode prejudicar as relações comerciais do País com os Estados Unidos e, por essa razão, tem de ser decidida sem qualquer emoção. O ex-funcionário do serviço de inteligência americano estaria disposto a ajudar o governo brasileiro nas investigações de abusos cometidos pelo esquema de espionagem no Brasil, em troca do asilo, conforme carta divulgada nesta terça-feira, 17, pelo jornal Folha de S.Paulo.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou hoje que essa é uma questão a ser tratada sem irracionalidade e mensurando o interesse do Brasil em esclarecer os fatos e ao mesmo tempo a conjuntura das relações do País com os norte-americanos, um dos principais parceiros econômicos.

"Essa matéria deve ser motivo de reflexão racional e não emocional", afirmou. "Nós não temos razão para aprofundar divergências que possam causar ao Brasil, como nação econômica, mais prejuízos", afirmou o presidente do DEM.

Para o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), o pedido é uma "questão delicada" e tem de ser muito bem ponderada pelo governo. Segundo ele, a concessão do asilo a Snowden vai significar um afastamento do Brasil, no plano comercial, com os Estados Unidos. O tucano disse que, até o momento, não há comprovação dos crimes de espionagem citados em documentos vazados pelo ex-funcionário da CIA e divulgados em reportagens da imprensa.

"O governo não agiu como se crime tivesse ocorrido. A reação não foi proporcional à existência de crimes", avaliou. Alvaro Dias classificou como "tímida" a reação do governo diante das suspeitas de espionagem, mesmo com a desistência da presidente Dilma Rousseff de participar de uma visita de Estado aos Estados Unidos e a condenação feita por ela, na Organização das Nações Unidas (ONU), à prática de espionagem.


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