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Estado de Minas

Rede Sustentabilidade sofre racha antes mesmo da criação oficial

O motivo da briga interna seriam disputas em torno de nomes que estariam se filiando à legenda levados pelo ex-deputado


postado em 01/10/2013 06:00 / atualizado em 01/10/2013 08:15

A Rede Sustentabilidade ainda nem foi criada oficialmente mas já rachou, pelo menos em Minas Gerais, estado onde sua principal liderança e fundadora, a ex-senadora Marina Silva, teve 21% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial de 2010. Integrantes do partido em Minas Gerais e que fazem parte também do comando nacional da legenda em formação divulgaram um manifesto criticando um dos coordenadores da sigla, o ex-deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira. O motivo da briga interna seriam disputas em torno de nomes que estariam se filiando à legenda levados pelo ex-deputado.

O texto, encabeçado pelo professor universitário Cássio Martinho, também integrante da Executiva Nacional e que divide com José Fernando o comando da Rede em Minas, acusa o grupo ligado ao ex-deputado de “desonestidade intelectual”, “vale-tudo”, “falta de transparência”, “conduta antidemocrática e truculência”. Segundo o manifesto, que está colhendo assinaturas por meio de uma página na internet, essas condutas desrespeitam os preceitos estabelecidos pela Rede e caracterizam “a prática do grupo liderado por José Fernando”. “Neste importante momento de virada rumo a uma cultura política efetivamente nova é preciso dar um basta ao processo insidioso que vem corroendo por dentro e desacreditando o sonho que funda a criação da Rede. É preciso dizer não à truculência, não ao vale-tudo, não à conduta antidemocrática.” Afirma o texto que, até ontem, tinha o apoio de 139 integrantes e simpatizantes da legenda, que ainda conseguiu o registro na Justiça Eleitoral de Minas Gerais.

O grupo liderado por Cássio Martinho criou uma corrente dentro do partido batizado de Elo Rede e anunciou que não vai mais colaborar “com o grupo liderado por José Fernando Aparecido e seus apoiadores”. Procurado pela reportagem, Cássio não quis esclarecer os motivos que levaram ao rompimento dentro da legenda antes mesmo de seu reconhecimento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Disse apenas tratar-se de “uma questão interna” que será discutida depois do registro do partido. No entanto, no manifesto, o grupo afirma que já solicitou uma “ação imediata da Comissão e da Executiva Nacional para fazer cessarem as ocorrências antidemocráticas (devidamente documentadas) a fim de que se possa, efetivamente, construir a prática da nova política na Rede em Minas Gerais”.

O ex-deputado disse ter sido pego de surpresa pelo manifesto contra ele e considerou que esses embates fazem parte da construção de uma legenda que “preza pela democracia e horizontalidade”. Ele afirmou que lamenta que “integrantes da legenda estejam gastando suas energias em disputas internas de poder no lugar de canalizá-las para o trabalho de registro”.


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