(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Câmara quer investigação sobre baderna durante ocupação

Mesa Diretora enviou ao MP e à Polícia Civil vídeos com flagrantes da baderna provocada pelos manifestantes que permaneceram durante uma semana no saguão e na galeria do plenário


postado em 10/08/2013 06:00 / atualizado em 26/09/2019 08:09

Circuito interno de filmagens da Câmara flagrou cenas de agressão, danos ao patrimônio e uma suposta relação sexual (foto: DIVULGAÇÃO/CÂMARA DE BH )
Circuito interno de filmagens da Câmara flagrou cenas de agressão, danos ao patrimônio e uma suposta relação sexual (foto: DIVULGAÇÃO/CÂMARA DE BH )


Imagens de uso de entorpecentes, agressões físicas, dano ao patrimônio público e até uma suposta relação sexual – gravadas pelo circuito interno de filmagens da Câmara Municipal de Belo Horizonte – serão encaminhadas na semana que vem ao Ministério Público estadual e à Polícia Civil pela Mesa Diretora da Casa. As cenas teriam sido protagonizadas pelos jovens que ocuparam os jardins e as galerias da sede do Legislativo durante a última semana como forma de protesto contra os vereadores. Eles só saíram do local na quinta-feira, diante de um mandado de reintegração de posse expedido pelo Tribunal de Justiça.

Ao tomar a atitude, os parlamentares querem apurar os vários crimes que teriam sido cometidos pelos jovens e buscar a punição dos responsáveis. Delegada de polícia durante 30 anos, a vereadora Elaine Matozinhos (PTB) foi designada para acompanhar as investigações. “A Câmara vai juntar todo o material que tem. Imagino que tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público vão se empenhar nessas investigações, até porque foi um fato extremamente triste para a história de Belo Horizonte. Foram vândalos nos ameaçando e os crimes não podem ficar impunes”, argumentou a vereadora.

Identificados os responsáveis, eles poderão ser punidos com penas que variam de pagamento de multa, prestação de serviços e até prisão. Em uma análise preliminar, os jovens teriam cometido os crimes de uso de drogas, calúnia, injúria e difamação contra os vereadores, agressão física aos seguranças da Câmara e até mesmo um crime sexual. Segundo os próprios manifestantes, dois deles teriam praticado violência sexual contra mulheres, sendo que um deles chegou a ser denunciado por estupro na Delegacia de Mulheres e já está sendo investigado.

As imagens, documentos, laudos periciais e boletins de ocorrência ajuizados por servidores e vereadores serão entregues ao procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt, e ao chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão. O material será distribuído nos órgãos de acordo com o tipo de acusação. “Nós temos crimes diversos que serão apurados por delegacias diversas”, explicou Elaine Matozinhos, que evitou falar em prazos.

Identificação

Esta foi a segunda vez que os manifestantes ocuparam as dependências da Câmara da capital mineira. Apesar da decisão judicial para que deixassem o local, o grupo afirmou que tomaram a atitude de forma “espontânea”. Não houve necessidade do emprego de força policial e a desocupação se deu de forma pacífica. Eles ainda comemoraram o fato de terem sido atendidos em duas das principais reivindicações, com a realização de uma audiência pública no dia 28 para a apresentação da prestação de contas referentes ao ano passado pela prefeitura e o plano de metas para os próximos quatro anos.

No entanto, tanto a PBH quanto o presidente da Câmara, Leo Burguês (PSDB), já haviam anunciado que os dados estão disponíveis na internet. Como medida de segurança, o tucano informou que a partir de agora será exigida a identificação de todos aqueles que forem à Casa, medida que é tomada atualmente em vários órgãos públicos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)