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Estado de Minas

Joaquim Barbosa nega prisão imediata dos condenados do mensalão

O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que queria todos os culpados na ação penal na cadeia de imediato


postado em 21/12/2012 13:35 / atualizado em 21/12/2012 14:02

Em sua decisão, ministro lembrou habeas corpus julgado pelo STF em 2009(foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
Em sua decisão, ministro lembrou habeas corpus julgado pelo STF em 2009 (foto: Carlos Humberto/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta sexta-feira a prisão imediata de 25 condenados no processo do mensalão. Barbosa rejeitou o pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para mandar os culpados na ação penal para a cadeia. O chefe do Ministério Público Federal sustentou em agosto, no início do julgamento, que a prisão logo após as condenações visa a evitar eventuais recursos que só têm objetivo de atrasar o cumprimento das penas.

Numa decisão de três páginas, Joaquim Barbosa citou o julgamento de um habeas corpus de 2009 pelo Supremo em que foi negada a prisão antes do fim de todos os recursos cabíveis. Na ocasião, ele foi voto vencido. "Por conseguinte, segundo a atual orientação do plenário do Supremo Tribunal Federal, até o trânsito em julgado da condenação, só há espaço para a prisão de natureza cautelar", afirmou.

O presidente do STF observou que os embargos podem levar, em tese, a mudanças na decisão e disse não ser possível presumir, de antemão, que os condenados usarão os recursos apenas de maneira protelatória. Ele ressaltou que os passaportes já foram apreendidos e foi determinado que os condenados tenham de pedir autorização ao Supremo para deixar o País.

Na última sessão de julgamento do processo, na segunda-feira, o procurador-geral recuou da intenção inicial de cobrar a decisão do plenário. "Quero aguardar a conclusão do julgamento, aí farei (o pedido) por uma petição que exporá de forma mais adequada a pretensão do Ministério Público e seus fundamentos. Mas apenas após a conclusão do julgamento", anunciou.

Gurgel apresentou o pedido, por escrito, na noite de quarta-feira (19). O teor da manifestação, de 20 páginas, não foi divulgado pelo procurador-geral. Dos 25 condenados no processo, 11 foram condenados a prisão em regime inicialmente fechado, outros 11, em regime semiaberto, dois cumprirão penas alternativas e um em regime aberto.

Asilo aos condenados

Na sessão dessa quinta-feira, Joaquim Barbosa rebateu as afirmações do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que considerou a possibilidade de abrir as portas da Casa para dar asilo aos parlamentares condenados no processo do mensalão. O ministro declarou que “a proposição de uma medida dessa natureza, de acolher condenados pela Justiça no plenário de uma das Casas do Congresso é uma violação das mais graves à Constituição brasileira".


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