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Estado de Minas

A serenidade do condenado


postado em 29/09/2012 08:57

A condenação por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF) não abateu Roberto Jefferson, o deputado cassado que denunciou o mensalão. Uma dia depois de assistir à sessão em que seis dos 10 ministros da Corte o declararam culpado de envolvimento no esquema, Jefferson afirmou estar sereno e disse não ter “nada a reclamar”. Apesar do veredicto do STF, ele continua a reafirmar inocência e nega que tenha se apropriado dos recursos repassados pelo chamado valerioduto. Jefferson até hoje rebate com ênfase as afirmações de que ele seria “o delator” do mensalão, a despeito de sua condenação por corrupção.

Ontem, Roberto Jefferson comentou sobre a condenação em seu blog. “A maioria da Corte Suprema do meu país já me condenou. Embora não concorde com as imputações, recebo com serenidade a decisão dos ministros”, garantiu o ex-deputado, cassado em setembro de 2005, depois que o escândalo veio à tona. Apesar da decisão de seus antigos colegas de o afastarem do Legislativo, Jefferson se manteve na Presidência do PTB até quinta-feira, quando decidiu se afastar do cargo para tratar da saúde.

Na nota que divulgou ontem, Roberto Jefferson nega ter participado de qualquer esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada do governo. Três ministros do Supremo já reconheceram a existência do mensalão, nos mesmos termos da denúncia da Procuradoria Geral da República. “Reafirmo: não vendi o meu partido ao PT nem me apropriei para fins pessoais de nem um centavo sequer do dinheiro que a mim chegou para financiar campanhas eleitorais”, garantiu o deputado cassado. “Muito menos sou delator, alcunha com que tentam à força me marcar. Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo. Nada a reclamar”, acrescentou.

A nota do ex-presidente nacional do PTB termina com uma citação em latim, que mostra a aceitação de Jefferson diante da condenação pela maioria da Suprema Corte. “Dura lex, sed lex”, declarou. A expressão significa “a lei é dura, porém é a lei.” Apenas seis dos 10 ministros se manifestaram sobre o caso de Roberto Jefferson. Já há maioria pela condenação, mas se quatro magistrados absolverem o réu, a defesa poderá apresentar um embargo infringente ao Supremo pedindo que a decisão seja revista.


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