Pelo menos 150 dirigentes sindicais de Minas Gerais se preparam para uma filiação em massa ao PSDB. Vindos de centrais como Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical, os sindicalistas vão deixar partidos da base de sustentação do governo federal, como PDT, PTB e PMDB, para ingressar no projeto do PSDB de aumentar a proximidade com os trabalhadores e construir uma agenda comum de reivindicações.
O presidente da Força Sindical em Minas, Rogério Fernades, que deixou o PDT para ingressar no PSDB, explica que o movimento de aproximação já é forte em vários estados. "Já existem núcleos do PSDB sindical em São Paulo, Tocantins e no Nordeste", afirma.
Ele explica que, a partir da consolidação de um núcleo sindical dentro do ninho tucano, será possível montar uma agenda de negociações comum com os trabalhadores, como o salário mínimo de R$ 600, o projeto em torno do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. "O senador Aécio Neves sempre defendeu as bandeiras sindicais", ressalta.
Rogério Fernandes nega, no entanto, que o novo braço sindical do PSDB já tenha em vista projetos políticos do partido em 2012 e 2014. "Nossa pauta são os interessses dos trabalhadores. Está muito cedo para falar sobre isso", afirma.