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Estado de Minas

Vigilante que assumiu 39 mortes vai para presídio em GO


postado em 22/10/2014 17:37 / atualizado em 22/10/2014 18:12

Goiânia, 22 - O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, foi transferido no final da manhã desta quarta-feira, 22, para uma cela na ala de segurança máxima do Complexo Penitenciário, situado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Rocha estava preso há oito dias, improvisadamente em uma cela da Delegacia de Narcóticos (Denarc), depois de ter assumido a autoria de 39 homicídios, cujas vítimas listava mentalmente.

A transferência foi resguardada por 20 agentes da Polícia Civil em quatro veículos. Rocha deixou a Denarc algemado e passou pela multidão de jornalistas. Um casal de policiais segurava cada braço, mas antes de entrar na traseira da viatura, o vigilante chutou o fotógrafo Edilson Pelikano, do jornal Diário da Manhã, atingindo o abdome do repórter. Lamentando o episódio, o jornal divulgou que o fotógrafo passa bem.

O assessor de comunicação da Polícia Civil, delegado Norton Ferreira disse que a agressão ao repórter não surpreende porque o vigilante apresentou vários episódios de oscilação de humor no período em que esteve na delegacia.

Da Denarc ele seguiu para o Núcleo de Custódia do Complexo Penitenciário, onde fica a ala de segurança máxima. No Núcleo de Custódia, Rocha foi fotografado para identificação.

Lá ele será mantido afastado dos demais presos. Ficará em uma cela sozinho e fará todas as atividades, como almoçar e tomar banho de sol, dessa mesma forma. A intenção é resguardar a segurança do preso, que já tentou se matar na Denarc, onde também demonstrou que pode ser uma ameaça à segurança interna, falando no desejo de assassinar algum detento do complexo quando fosse transferido.

Se houver necessidade de mais interrogatórios antes da conclusão dos inquéritos, que já estão bem avançados, os delegados que atuam na força tarefa vão se dirigir até o Núcleo de Custódia. Somente depois de conclusos os inquéritos e definida a participação do vigilante nos crimes que estavam sendo investigados, será possível saber quais são as acusações e as penas às quais Rocha está sujeito a ser condenado.

Esta semana o vigilante se tornou suspeito de agir como pistoleiro. Os investigadores apuram se ele recebeu R$ 1 mil para executar um comerciante e R$ 3 mil para matar uma funcionária pública, como revelou uma fonte que manteve contato com o preso, que não pertence à corporação.

Também esta semana ficaram prontos mais dois exames de balística confirmando envolvimento de Rocha nas mortes de Ana Maria Víctor Duarte, assessora parlamentar, e de Mauro Ferreira Nunes, fotógrafo, e não comerciante como informado antes. Com isto, somam oito mortes com provas confirmadas, de 39 assassinatos que o vigilante teria confessado.


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