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Estado de Minas

Morte de adolescente em São Paulo motiva protesto contra homofobia

A Polícia Militar registrou a ocorrência como suicídio, mas o corpo de Kaique foi encontrado desfigurado em um viaduto, com uma perfuração na perna e vários machucados. A família do jovem descarta a hipótese de suicídio.


postado em 16/01/2014 20:25 / atualizado em 16/01/2014 20:43

A polícia analisa mensagens no perfil do Facebook da vítima que seriam um indicativo de depressão, mas a família acredita no crime de homofobia(foto: Reprodução/Facebook)
A polícia analisa mensagens no perfil do Facebook da vítima que seriam um indicativo de depressão, mas a família acredita no crime de homofobia (foto: Reprodução/Facebook)
A morte de um adolescente negro de 17 anos, encontrado em um viaduto na região central de São Paulo, levou ativistas a marcarem uma manifestação contra a homofobia no Largo do Arouche na próxima sexta-feira, 17. O corpo de Kaique Augusto Batista dos Santos foi encontrado desfigurado pela Polícia Militar, no sábado, 11, próximo a um viaduto na região da Bela Vista, na Avenida 9 de Julho. A ocorrência foi registrada inicialmente como suicídio.

A família alega que não se trata de suicídio, já que a vítima teria uma perfuração na perna com uma barra de ferro e vários machucados que indicariam tortura. O cadáver foi levado ao Instituto Médico-Legal como indigente, até ser encontrado pelos familiares. Amigos de Kaique dizem que o viram pela última vez em uma boate na sexta-feira, 10, um dia antes de o corpo ser encontrado, no Viaduto 9 de Julho. O jovem não morava mais com os pais e convivia com um casal de homens na zona norte de São Paulo.

A morte é investigada pelo 3º DP (Campos Elísios). A hipótese de suicídio continua sendo forte, segundo a polícia, já que uma queda causa grandes ferimentos. Segundo o Instituto Médico Legal o corpo da vítima ficou fora do refrigerador até quarta-feira, 14, quando a família foi indetificá-lo. O órgão afirma que havia superlotação e que, por isso, não pôde conservar o corpo de maneira adequada. A polícia suspeita de que o estado do cadáver esteja relacionado provavelmente com a decomposição e não com espancamento.

Facebook

A polícia analisa mensagens no perfil da vítima no Facebook que seriam um demonstrativo de estado depressivo. "Você se machuca com o que as pessoas fazem com você e você vive pensando em não machucar as pessoas. E aí pensa mesmo em não derrubar as pessoas da ponte enquanto elas te jogam e vocês têm que subir ela de alguma forma", diz um das mensagens.


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