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Estado de Minas

Médica descobre receitas falsas com o nome dela em São Luís


postado em 26/10/2012 19:08

A endocrinologista Terezinha Abreu denunciou o uso fraudulento de receitas médicas em seu nome. Segundo ela, foi confirmada a compra de pelo menos 35 caixas do medicamento Durateston com apresentação de suas receitas.

A médica garante que há pelo menos cinco anos não prescreve a medicação a algum paciente. As receitas foram usadas para compra do medicamento nas farmácias da rede Extrafarma do Renascença e no Turu.

Suspeitando da quantidade prescrita, os farmacêuticos avisaram a médica que acionou a polícia. “Se utilizado na dosagem errada pode causar câncer e deformações”, alerta a médica. O Durateston é medicamento injetável indicado para reposição hormonal em homens, mas, comumente usado para aumento de massa muscular.

O uso das receitas foi descoberto pela médica em agosto, quando recebeu informação da compra de cinco caixas do medicamento na Extrafarma do Renascença. A farmacêutica avisou a médica por ter estranhado a quantia prescrita.

“Eu de imediato levei o caso à polícia. Fico preocupada, pois esta pessoa está usando meu nome para cometer um crime. Quero que seja investigado e ele seja preso”, disse a médica Terezinha Abreu. “O médico tem direito a uma quantia mensal definida por medicamento e essa pessoa veio duas vezes na semana com pedido do mesmo remédio. Achei estranho e avisei a médica”, disse a farmacêutica Denise Santos.

Segundo a farmacêutica, o homem que fez a compra levou cinco caixas da medicação em cada dia. Ao saber da médica que esta não teria liberado a receita, a funcionária alertou a direção do estabelecimento. Outra compra foi realizada a duas semanas, desta vez, na farmácia da mesma rede, no bairro Turu, onde 30 caixas foram compradas.

“Nós conversamos com funcionários da outra loja e comparando as características descobrimos se tratar da mesma pessoa”, disse a farmacêutica. Já a médica, espera que o caso seja apurado com urgência. “Quando soube desse golpe fiquei assustada com a facilidade com que eles conseguem driblar as regras. Apavorei-me porque ele continua comprando”, reiterou a médica. Há suspeita ainda de que o homem esteja utilizando receita de uma médica clínica-geral, mas a profissional não foi identificada.

Falsificação


Antes de comprar, o suspeito se informava do estoque. “Ele ligava para a farmácia e dependendo da quantidade disponível escolhia onde comprar”, disse a farmacêutica. O interesse era nas lojas com maior estoque do medicamento. Foram comparadas ainda a receita utilizada pelo suspeito e a verdadeira, apresentada pela médica. As diferenças foram constatadas rapidamente.

Na receita fraudada há diferença no tipo de letra, tamanho, gráfica responsável e na assinatura da profissional. A falsificação trazia o endereço do consultório, registro e nome da médica. “Guardamos o original e entregamos uma cópia à médica para servir de prova”, ressaltou Denise Santos.

A falsificação foi constatada inclusive na identificação da Classificação Internacional de Doenças (CID). No caso do Durateston, a CID é de registro E29.9, mas, na receita falsificada estava a identificação B15, que refere a medicamento de hepatite.

“Isso só mostra o desconhecimento do falsário e comprova a ilegalidade”, disse a médica Terezinha Abreu. Denise explica que o medicamento é para ser usado no tratamento de problemas de disfunção testicular, mas são vendidos, principalmente, a frequentadores de academias para ganho de músculos. O Durateston custa cerca de R$ 10 nas farmácias, mas chega a ser revendida por até R$ 50 ilegalmente e usado para ganho de massa muscular.


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