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Estado de Minas NACIONAL

Pernambuco registra aumento no número de partos cesarianos

As organizações que defendem o parto humanizado afirmam que a cesariana somente deveria ser admitida em situações emergenciais


postado em 04/06/2012 17:53 / atualizado em 04/06/2012 18:11

Thamires da Silva e seu filho Osvaldo, nascido na maternidade do Cisam, com parto cesária(foto: Blensa Souto Maior/ DP/ D.A Press)
Thamires da Silva e seu filho Osvaldo, nascido na maternidade do Cisam, com parto cesária (foto: Blensa Souto Maior/ DP/ D.A Press)

Os hospitais públicos e particulares do Recife registraram um aumento surpreendente no número de cesarianas realizadas entre os anos de 2005 e 2010. A denúncia é de organizações que defendem a humanização do parto a partir de um levantamento feito junto à Secretaria Estadual de Saúde. Os casos mais gritantes são registrados nas maternidades privadas, onde o índice de cesáreas chegou a 97% do total de partos em 2010. O número ultrapassa muito o percentual estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que admite um índice de 15%.

As organizações que defendem o parto humanizado afirmam que a cesariana somente deveria ser admitida em situações particulares, como o bebê estar atravessado na barriga, sinais de sofrimento fetal e hemorragias no final da gestação. Fora desse contexto, a cirurgia pode representar um risco de morte materna até sete vezes maior que o registrado no parto normal, dizem os especialistas.

Segundo a denúncia, nos hospitais estaduais do Recife, a média de procedimentos cesáreos alcançou 41,7%. Nas unidades da rede municipal da capital, a média foi de 33%, e na rede privada recifense, 95%. Os dados são alarmantes também em outros municípios. Maternidades de referência do SUS de Vitória de Santo Antão, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, por exemplo, possuem taxas de procedimentos cesários de 81%, 33% e 43%, aponta o documento.

Com base nesse cenário, as entidades vão preparar um dossiê com denúncias de mulheres que sofreram violência no processo do parto. A cesariana sem indicação médica também pode ser considerada violência contra a gestante, além de palavras humilhantes e negação de atendimento. As histórias devem ser enviadas para o e mail boahora@institutonomades.org.br. até final do mês. Todos os casos serão documentadas e entregues no Ministério Público Estadual para apuração.


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