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Estado de Minas

Depois de caos, metroviários de São Paulo encerram greve nesta madrugada


postado em 24/05/2012 07:28 / atualizado em 24/05/2012 07:50


São Paulo
– Os metroviários de São Paulo aceitaram a proposta de reajuste de 6,17% feita na tarde de ontem pelo Metrô e decidiram encerrar a greve iniciada na madrugada. A paralisação provocou transtornos na cidade pela manhã – foram registrados tumultos e trânsito recorde, com congestionamentos de quase 250 quilômetros.

Durante a assembleia do metroviários na capital paulista, foram votadas três possibilidades: aceitar a proposta e encerrar a greve, não aceitar a proposta e manter a greve ou suspender a greve e manter a negociação. Segundo o presidente do sindicato, os funcionários vão retornar aos seus postos com calma e tranquilidade. Apesar do retorno imediato, o sistema só deveria ser normalizado algumas horas depois.

Inicialmente, o Metrô tinha oferecido reajuste de 4,65%, enquanto o sindicato pedia 20,12%. A nova proposta, no entanto, foi apresentada à assembleia da categoria, que concordou em retornar ao trabalho.Com a greve de ontem, a operação foi parcial no metrô. A linha 1–Azul funcionou entre as estações Ana Rosa e Luz, a linha 2–Verde entre a Ana Rosa e Clínicas, e a linha 3–Vermelha funcionou entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília – todas com velocidade reduzida e maior intervalo de espera. As linhas 5-lilás e 4–Amarela – que é operada por concessionária privada – circularam normalmente pela manhã, mas também com velocidade reduzida.

Cerca de 850 mil pessoas foram afetadas ontem com a paralisação das linhas 11–Coral e 12–Safira da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM). De acordo com a empresa, uma reunião de conciliação estava marcada para as 18h na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A exemplo dos metroviários da capital, os funcionários da CPTM que trabalham nas linha 11-Coral, que liga a Estação da Luz, no Centro, à estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, e 12 (Safira), que vai do Brás até Calmon Viana, no município de Poá, também entraram em greve ontem à 0h por tempo indeterminado.

A paralisação foi decidida em assembleia realizada na noite de terça-feira na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que representa os funcionários dessas duas linhas. Os trabalhadores reivindicavam 10,83% de aumento, sendo 5,83% de reposição e 5% de aumento real. A CPTM ofereceu apenas 6,17%, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs 7,05%.

PREJUÍZO DE R$ 42 MILHÕES

A paralisação de ontem do metrô da cidade de São Paulo gerou prejuízo de até R$ 42 milhões ao comércio varejista da Grande São Paulo, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em nota distribuída à imprensa. De acordo com a Fecomercio SP, o varejo na Grande São Paulo movimenta algo em torno de R$ 420 milhões diariamente. A entidade informou que compras realizadas “por impulso” e de “consumo imediato”, representadas especialmente por refeições, respondem por cerca de 10% desse total. Assim, esses R$ 42 milhões não seriam recuperáveis. “Quem não tomou café da manhã ou almoçou fora naturalmente não vai fazer uma refeição adicional amanhã”, divulgou a entidade.

OUTRAS CIDADES

Já em Salvador, o sumiço dos ônibus das ruas a partir da madrugada de ontem, por causa da greve dos motoristas, praticamente parou a cidade. Metroviários de Belo Horizonte e Recife e ferroviários de João Pessoa, Maceió e Natal também estão em greve desde o dia 14.

Em Belo Horizonte, a greve dos metroviários completa hoje 11 dias sem perspectiva de acabar. Representantes da categoria em BH e no Recife e dos ferroviários em João Pessoa, Maceió e Natal reuniram-se na manhã de ontem no Palácio do Planalto, em Brasília, com o assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República, José Lopez Feijó, e representantes do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, vinculado ao Ministério do Planejamento. No encontro, os grevistas buscaram granjear o apoio do governo federal nas negociações com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

A pauta de reivindicações inclui aumento salarial e a implantação de um plano de saúde. “Os representantes do governo se comprometeram a orientar a CBTU a retomar o diálogo conosco e apresentar uma contraproposta. Até agora, a estatal não apresentou nada“, relatou a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Lúcia Fernandes dos Santos. “Estamos no aguardo para que a CBTU se manifeste. Deixamos bem claro que acabar com este impasse está nas mãos da estatal e do governo federal”, acrescentou. Às 15h de amanhã, na Praça da Estação, o sindicato mineiro deve realizar assembleia geral para informar seus associados sobre a reunião de ontem.


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