Cerca de trinta países, entre eles México, Chile, Costa Rica e Espanha assinaram nesta quarta-feira um plano para enfrentar a evasão fiscal de companhias multinacionais, informou o secretário-geral da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento (ODCE), Angel Gurría.
As companhias multinacionais, graças a sofisticados sistemas contábeis, evadem impostos por valores que a OCDE estima entre 100 e 240 milhões de dólares anuais, números próximos ao Produto Interno Bruto de um pequeno país.
O acordo terá "efeitos imediatos sobre a cooperação internacional em matéria tributária, reforçando a transparência das operações de companhias multinacionais", disse Gurría na cerimônia oficial assistida pelos 31 países parte do acordo.
Entre eles estão França, Grã Bretanha, Alemanha, Suíça e Luxemburgo. Os Estados Unidos ainda não assinaram, mas a OCDE diz que o país o fará em breve.
O tratado multilateral, que entrará em vigor em 2017, "contempla a troca de informações entre os serviços de impostos, o que lhes oferecerá uma visão completa da atividade das empresas multinacionais", acrescentou Purría.
Esse é um passo significativo para conseguir que cada empresa pague um valor justo de impostos", acrescentou.
"A luta contra a fraude e a otimização fiscal é uma prioridade de todos", disse o ministro francês das Finanças, Michel Sapin, que classificou como "inaceitável que alguns países contribuam (com os processos) de otimização fiscal fazendo outros pagarem os custos".
A meta da OCDE é obrigar as multinacionais a detalhar seus ganhos e impostos pagos em cada país onde operam.