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Estado de Minas

Novo ministro grego da Fazenda é conhecido por discrição


postado em 06/07/2015 19:25

O economista de esquerda Euclides Tsakalotos, designado nesta segunda-feira ministro da Fazenda da Grécia, é um político discreto e afável, contrastando com seu antecessor, o carismático Yanis Varoufakis, mas ambos têm posições parecidas.

Nascido em Rotterdam (Holanda) em 1960, educado em Londres, estudante da Universidade de Oxford e professor na Universidade de Kent entre 1990 e 1993, Tsakalotos já coordenava as negociações entre a Grécia e seus credores, UE e FMI.

Casado com uma economista escocesa, Tsakalotos é descrito como um homem de "maneiras delicadas, que sabe escutar, dotado de espírito de análise, sintético, muito culto, equilibrado e respeitoso com seus interlocutores e, especialmente, ético.

Este apaixonado por filosofia e especialista em finanças públicas tomou posse na tarde desta segunda-feira diante do presidente Prokopis Pavlopoulos e do premier Alexis Tsipras, admitindo sentir um certo "medo" de assumir o ministério neste momento difícil da Grécia.

Membro do comitê político central do partido de esquerda radical Syriza, Tsakalotos foi eleito deputado em 2012, em plena crise grega, e com a chegada do Syriza ao poder passou a ocupar o cargo de vice-ministro das Relações Exteriores, encarregado de assuntos internacionais.

- Afável mas rigoroso -

Em abril, Tsakalotos se tornou "coordenador das discussões" com os credores, se revelando um negociador hábil, preciso e saudado por seus interlocutores, mas que também sabe ser duro.

Recentemente, publicou vários comunicados, sempre com informação perfeitamente clara acompanhada por números, mas também com toques muito políticos, com destaque para uma ata sobre o fracasso das negociações, em 30 de junho.

"Todas as partes demonstraram um máximo de flexibilidade para encontrar um acordo, mas, lamentavelmente, é uma afirmação difícil de sustentar no que se refere à maneira de negociar" dos credores.

Em uma entrevista ao jornal francês Libération, Tsakalotos acusou seus interlocutores de falta de disposição para um compromisso e de fazer exigências fora da realidade.

Em suas primeiras palavras como ministro, Tsakalotos disse: "a mensagem do 'não' ficará marcada na memória coletiva da Europa" como a de "um povo que sofreu demais e resistiu em busca de uma solução viável".


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