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Estado de Minas

Califórnia aprova restrições sem precedentes no consumo de água

Novas regras estabelecem um corte escalonado e variáveis, obrigando as agências locais a frear o consumo entre 8% e 36%, em relação ao usado no último verão


postado em 06/05/2015 22:36

Ver galeria . 14 Fotos JUSTIN SULLIVAN
(foto: JUSTIN SULLIVAN )

Passando por uma seca histórica, o estado americano da Califórnia tem tomado uma série de medidas para reduzir o consumo de água para produtores agrícolas, indústrias e consumidores. Ontem, porém, o órgão regulador de água anunciou restrições sem precedentes na história do estado para o consumo nas cidades. Depois de uma longa reunião, o Conselho de Recursos Hídricos adotou, segundo o diário espanhol El País, os objetivos determinados pelo governador. As medidas impõem às cidades um corte de 25% no consumo geral de água em relação aos números de 2013.

As novas regras estabelecem um corte escalonado e variáveis, obrigando as agências locais a frear o consumo entre 8% e 36%, em relação ao usado no último verão. As prefeituras deverão incentivar a substituição de gramados por outros tipos de jardins, impedir a irrigação desnecessária e incentivar a substituição de encanamentos antigos por outros mais econômicos.

A redução do consumo de março no estado caiu apenas 3,6% em relação ao mesmo mês de 2013. No último ano, apenas 9% do consumo de água foi reduzido. A Califórnia entrou oficialmente em seu quarto ano de seca, depois que o governador Jerry Brown informou que as reservas de neve acumuladas durante o inverno (que representam cerca de 30% do consumo humano no estado) eram 5% da média acumulada normalmente nessa época do ano. Brown determinou que o consumo fosse reduzido em 25% em relação ao padrão de 2013 e, no início do ano passado, declarou estado de emergência por causa da seca.

A questão que agora se impõe é como as autoridades locais de administração hídrica lidaram com o problema e as novas regras, já que muitas delas se opõem às medidas. As propostas de Brown foram criticadas por se concentrarem excessivamente na redução do consumo nas cidades, pois a Califórnia é o maior produtor agrícola dos EUA e o uso da água para irrigação supera – e muito – o consumo humano direto. A fiscalização de irrigação de gramados também coloca outro problema porque implicaria em um aumento no número de funcionários para fazê-la. O governo atribui a seca às mudanças climáticas e às emissões de gases do efeito estufa, que voltaram a bater recorde hoje, de acordo com relatório da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) dos EUA.


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