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Estado de Minas

FBI reconhece erros que levaram acusados à morte


postado em 19/04/2015 14:07

O FBI reconheceu neste domingo ter cometido erros no passado em análises científicas que sustentaram condenações de pena de morte e execução de vários prisioneiros, em resposta a um comunicado da Inspeção Geral (OIG) do último mês de julho.

Segundo o comunicado da OIG, publicado em julho passado, as condenações de 60 pessoas à pena de morte, três das quais foram executadas, podem ter sido baseadas em análises científicas equivocadas e provas duvidosas.

A polícia federal reconhece "erros de cientistas do FBI em análises de cabelos com microscópio ou exames de laboratórios" em casos criminais.

Isto "não voltará a ocorrer e o FBI utiliza agora análises de DNA mitocondrial (transmitido pela mãe) dos cabelos, além das análises por microscópio", de acordo com um comunicado conjunto do Departamento de Justiça e do FBI, do qual é subordinado.

"O Departamento e o FBI se comprometem a garantir a veracidade das análises futuras de cabelo e maior rigor nas análises criminais", assim como o desenvolvimento dos "meios consideráveis" para este fim.

Em seu comunicado, "o Departamento e o FBI se comprometem a garantir que os prisioneiros envolvidos sejam notificados dos erros passados e que seja feita justiça em cada caso".

Em um destes casos, um homem executado no Texas em 1997 não teria sido condenado à pena de morte sem os elementos apresentados contra ele erroneamente.

Outro foi absolvido 27 anos após ter sido condenado e pelo menos outro cinco casos foram anulados, depois que foram revelados "erros nas análises e testes cientificamente insustentáveis" de um funcionário do FBI.

Em suas recomendações ao Departamento de Justiça, a OIG estabeleceu uma lista de condenados cujos laudos foram revisados por cientistas independentes para que as autoridades possam reexaminar as provas e "tomar as medidas imediatas com o objetivo de garantir que estes acusados sejam alertados de que sua condenação pode ser afetada por análises e provas pouco confiáveis".

Em 1997, um primeiro comunicado da OIG havia mostrado irregularidades graves cometidas em investigações judiciais por parte de 13 analistas do laboratório do FBI em Quantico, Virgínia (leste).

Mas 17 anos depois, a mesma OIG acusou o FBI de não ter corrigido os tipos de erros que cometia e de ter analisado equivocadamente casos de condenação à pena de morte nos oito anos posteriores.

As autoridades locais, a defesa e a acusação não foram alertadas, o que impossibilitou uma revisão das penas. Em consequência disso, três homem foram executados, destaca o comunicado de julho.


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