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Estado de Minas

Anistia Internacional denuncia aumento das condenações à morte em 2014


postado em 31/03/2015 12:22

A Anistia Internacional (AI) denunciou nesta quarta-feira em seu relatório anual sobre a pena de morte um aumento por cinco das condenações em 2014, por culpa de Egito e Nigéria, mas uma queda no número de execuções.

Os Estados Unidos, maior potência mundial, executaram 35 pessoas em 2014, quatro a menos que no ano anterior.

No total, 607 execuções foram registradas em 2014, uma queda de 22% na comparação com 2013, e aconteceram em 22 países, os mesmos do ano anterior.

O Irã lidera a lista de países com mais execuções (289 oficialmente reconhecidas e 454 não declaradas), seguido por Arábia Saudita (pelo menos 90), Iraque (ao menos 61) e Estados Unidos.

Apenas sete estados americanos executaram condenados em 2014, contra nove em 2013. Quatro deles - Texas, Missouri, Flórida e Oklahoma - acumularam 89% das execuções.

As sentenças de morte também registraram queda nos Estados Unidos, de 95 em 2013 a 77 em 2014.

China executa mais que o resto do mundo

Como nos anos anteriores, o relatório não inclui as milhares de pessoas executadas na China, onde os dados relativos à pena de morte são segredo de Estado, mas a AI afirma que os números superam os do conjunto do resto do mundo.

A Anistia constata ainda um aumento alarmante do recurso da pena de morte para "lutar contra ameaças reais ou percebidas à segurança do Estado relacionadas com o terrorismo, o crime ou a insegurança interna".

A organização destaca os casos da Nigéria e do Egito, que enfrentam um período de instabilidade política.

Das 2.466 condenações à morte em 2014, 659 foram decididas na Nigéria e 509 no Egito. Nos dois países foram mais de 500 sentenças a mais que no ano anterior.

Pena de morte não é solução

"Quando os governos afirmam que usam a pena de morte em resposta ao crime e ao terrorismo, se equivocam; a pena de morte não é a solução", disse Audrey Gaughran, diretora da AI, em uma entrevista coletiva em Londres.

"A pena de morte não é mais dissuasória de crimes graves que outras formas de punição", completou a ativista.

Além disso, um erro é fatal, segundo a organização, que recorda que 113 pessoas equivocadamente condenadas foram libertadas em 2014.

"Este número é muito perturbador porque revela a frequência com que inocentes são condenados", afirmou Gaughran.

"Nos preocupamos muito com o Egito, porque as sentenças de morte em grupo foram o resultado de julgamentos muitos injustos. Na Nigéria estamos preocupados com o modo como os tribunais militares anunciaram as sentenças", disse à AFP.

Entre os métodos usados nas execuções foram registrados: decapitação (Arábia Saudita), enforcamento (Afeganistão, Bangladesh, Cingapura,Egito, Iraque, Irã, Japão, Jordânia, Malásia, Paquistão, Territórios Palestinos, Sudão), injeção letal (China, Estados Unidos, Vietnã) e arma de fogo (Arábia Saudita, Belarus, China, Coreia do Norte, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Palestina, Somália, Taiwan, Iêmen).

A AI não recebeu notícias de execuções judiciais por apedrejamento, mas uma mulher foi condenado a morrer desta maneira por "adultério" nos Emirados Árabes Unidos.


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