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Estado de Minas

Última sobrevivente de desabamento em Bangladesh está 'muito bem'

Sobrevivente foi encontrada 17 dias após desabamento


postado em 11/05/2013 09:31 / atualizado em 11/05/2013 10:50

(foto: REUTERS/Andrew Biraj )
(foto: REUTERS/Andrew Biraj )

Reshma, a milagrosa sobrevivente do edifício que desabou perto de Dacca e que permaneceu 17 dias sob os escombros, está muito bem e recupera suas forças pouco a pouco, afirmaram neste sábado os médicos de Bangladesh responsáveis por tratá-la. "Nunca perdeu a esperança", disse à AFP o médico Fakrul Islam, que falou na manhã deste sábado com a jovem de 18 anos. "Está muito bem, todos os seus órgãos vitais estão bem", explicou, acrescentando que passou muito bem a noite no hospital militar no qual foi internada.

A jovem costureira sofre, no entanto, os efeitos da falta de comida, depois de ter sobrevivido graças a "quatro biscoitos" e a um pouco de água. Mas começou a se alimentar novamente e comeu frutas. Sua família pôde visitá-la no hospital, entre eles sua mãe, seu irmão e irmã.

Reshma Islam foi resgatada depois de passar 17 dias entre os escombros do subsolo de um edifício que abrigava ateliês têxteis. Mais de mil pessoas, principalmente operárias, morreram na catástrofe. A operação de resgate de Reshma foi seguida ao vivo pela televisão e por uma multidão que se reunia no local, em meio a orações. Em seu povoado do norte do país, sua família não conseguia conter a alegria: "É um milagre. Havíamos perdido qualquer esperança de encontrá-la com vida", afirmou à AFP seu irmão Zahidul, que visitou todos os hospitais e necrotérios da cidade.

Segundo o chefe do corpo de bombeiros, ela foi localizada em um vão entre uma viga e uma coluna. Um dos socorristas indicou que a mulher gritou pedindo ajuda quando as equipes de resgate inspecionavam as ruínas do Rana Plaza.

Em Savar, na periferia de Dacca, o exército tenta agora colocar fim às operações de resgate após a descoberta de dezenas de novos corpos entre os escombros, formando um balanço que já chega a 1.084 mortos.


Muitos cadáveres já não passam de esqueletos. Mais de 3.000 trabalhadores, às vezes com salários inferiores a 30 euros por mês, confeccionavam roupas para marcas como a britânica Primark (Associated British Foods) e a espanhola Mango quando o edifício desabou.

Alguns corpos puderam ser identificados graças a telefones celulares encontrados em algum bolso ou a algum documento ou bolsa. Uma investigação preliminar concluiu que o desabamento do edifício, que já não estava em boas condições, teria sido provocado principalmente por vibrações de dois grandes geradores colocados em funcionamento durante uma queda de energia. A polícia deteve doze pessoas, incluindo o proprietário do edifício e quatro donos de ateliês, por terem obrigado seus funcionários a voltar ao trabalho, apesar das rachaduras observadas na véspera nas paredes.

Bangladesh é o segundo produtor de roupas do mundo graças aos baixos salários e à abundante mão-de-obra. Este setor chave da economia, que gera 29 bilhões de dólares por ano, representou no ano passado 80% das exportações do paí. Mas há anos as ONGs denunciam as críticas condições de trabalho e as normas de segurança nesta indústria.


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