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Estado de Minas

Google incentiva meninas a se formarem em ciência da computação

Gigante da tecnologia promove em Belo Horizonte encontro de alunas de ensino médio que se destacam em exatas


postado em 13/07/2017 06:00 / atualizado em 13/07/2017 07:42

Alunas do Coleguium, Raíssa e Luíza comemoram a oportunidade: 'É uma experiência maravilhosa', diz Luíza(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS )
Alunas do Coleguium, Raíssa e Luíza comemoram a oportunidade: 'É uma experiência maravilhosa', diz Luíza (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS )
Elas podem ser o que quiserem e ter profissões, por que não, ligadas à física e à matemática. Numa área na qual mulheres ainda são raridade, sendo dominante o universo masculino, uma das gigantes da tecnologia mundial está incentivando meninas a seguir carreira na área de exatas. Cem alunas de todas as regiões do país de escolas públicas e particulares destaques no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão em Belo Horizonte para conhecer, com quem entende do assunto, um pouco desse mundo ligado a números e fórmulas. Durante dois dias, a Google organiza na capital mineira o 1º Encontro Nacional Mind the Gap, para incentivar meninas a se formarem em ciência da computação.

O evento, que começou em Israel, foi trazido para o Brasil em 2014, com edições locais. Desde então, foram contempladas 360 estudantes. É a primeira vez que a empresa organiza o encontro em nível nacional. Das 100 vagas, 20% são destinadas a meninas premiadas em olimpíadas na área de exatas. Do restante, metade vai para colégios particulares e a outra para os públicos. As escolas com o melhor desempenho no Enem são convidadas e indicam duas alunas com as melhores notas na área de exatas.

Participam 50 colégios. De Belo Horizonte e região metropolitana estão o Santa Marcelina, Coleguium, Santo Agostinho, Santo Antônio e Colégio Militar. “Não temos pretensão de que todas saiam daqui para ser engenheiras, mas se puserem a questão já teremos cumprido nosso objetivo”, afirma a engenheira da Google Izabella Mafra, de 25 anos. Ela trabalha há 2 anos e meio na empresa e conta que, ainda no ensino médio, sonhava em trabalhar na empresa quando descobriu que havia um escritório em BH.

“Quando entrei na faculdade, desisti desse sonho, até o dia em que houve um recrutamento para mulheres para um curso na Google da Califórnia. Na volta, comecei o estágio em BH”, conta. Também engenheira da Google em BH, Camila Matsubara, de 29, ajudou a trazer o Mind the Gap para a capital mineira. “Estudei em escola pública e fiz o ensino médio como bolsista. Escolhi ciência da computação por sugestão do meu pai, que é engenheiro mecânico. Não sabia inglês nem programação e, quando comecei a frequentar a faculdade, as aulas já tinham começado, porque não entrei na primeira chamada”, conta. Ela estava no mestrado quando, por insistência de amigos, mandou currículo e fez entrevista, sem compromisso, como ela gosta de frisar. O resultado: quatro anos e meio de empresa.

Inspiração Camila e Izabella se tornaram inspiração para as garotas. Aluna do Colégio Militar de BH, Farid Asaad Diniz Saliba, de 17 anos, quer fazer medicina, mas não descarta usar os conhecimentos em programação para aplicar em sua área. “O empoderamento feminino é algo que tem de ser debatido. É uma carreira masculinizada historicamente. É bom saber que há mulheres na área e, tenho certeza, elas vão dominar”, ressalta.

Alunas do Coleguium, Raíssa Miranda Maciel e Luíza Nunes Campos, de 16, também se encantaram. “Se vier aqui e não gostar é porque você não tem que seguir. Estamos tendo contato com o melhor”, afirma Raíssa, que não se decidiu pelo curso, mas tem certeza de que será algo na área de biológicas ou exatas. Luíza pensa em fazer medicina, mas depois das primeiras horas em contato com um novo mundo, já repensa suas escolhas. “Essa oportunidade de conhecer a área, saber como as pessoas trabalham, de ver que não é algo chato e fechado, está me fazendo pensar. É uma experiência maravilhosa”, relata.

Ontem, as meninas tiveram palestras, tiraram dúvidas sobre a carreira e até criaram um joguinho, sempre orientadas por engenheiros da empresa. Hoje, a “aula” é na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde vão encontrar profissionais das diferentes áreas da ciência da computação. “Elas podem. Se tiverem na cabeça que o sonho é grande o bastante, vão entrar nas melhores universidades do país e trabalhar numa empresa de engenharia de ponta”, ressalta o diretor de engenharia do Google no Brasil, Berthier Ribeiro-Neto.


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