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Estado de Minas

Incêndio de grandes proporções atinge galpão na Pampulha

O fogo começou em uma empresa distribuidora de óleo localizada na Rua Major Delfino de Paula, no Bairro São Francisco, e se espalhou por outros dois galpões


postado em 23/04/2017 13:44 / atualizado em 23/04/2017 18:24

Ver galeria . 26 Fotos Bombeiros utilizam escada magirus para combater o incêndioSidney Lopes/EM/D.A.Press
Bombeiros utilizam escada magirus para combater o incêndio (foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press )

A fumaça densa que tomou o céu de Belo Horizonte na tarde deste domingo já mostrava que algo sério acontecia na Pampulha. Moradores de diferentes regiões da cidade conseguiram ver uma nuvem preta, que era proveniente da queima de óleo e outros produtos inflamáveis de uma empresa no Bairro São Francisco. As chamas altas deram trabalho para o Corpo de Bombeiros que utilizou mais de quinze viaturas no combate ao fogo. Imóveis vizinhos foram atingidos e famílias desesperadas retiraram, às pressas, móveis, eletrodomésticos, documentos e animais de estimação. O trânsito foi interditado no quarteirão da Rua Major Delfino de Paula, onde se localiza o imóvel . A Guarda Municipal e a Polícia Militar também auxiliam na operação.



O incêndio começou por volta das 13h40. O fogo atinge uma distribuidora de óleo na Rua Major Delfino de Paula. O produto vazou e espalhou as chamas. Outros dois galpões vizinhos foram atingidos. Mais de quinze viaturas do Corpo de Bombeiros, até com uma grande escada acoplada, ajudam no combate. Além da água, os bomebiros usam um produto chamado Líquido Gerador de Espuma (LGE), um detergente líquido e concentrado utilizado no combate de produtos combustíveis.

As chamas altas e a fumaça levou pânico e preocupação para os vizinhos. Uma das famílias que ficou desesperada é a do motorista Wemerson Alves Rodrigues, 41 anos, que mora na Rua Major Delfino de Paiva, no número 2.361, vizinho à empresa. Ele criticou a demora no atendimento da ocorrência. “O fogo começou há mais de uma hora. Ligamos imediatamente para os bombeiros e PM e houve demora. Eles jogaram água em cima do óleo e o fogo se alastrou para o meio da rua e, consequentemente, ameaçando os outros imóveis”, reclamou.

A movimentação no quarteirão aumentou a cada minuto com muitos moradores se mostrando preocupados com a situação e também com os prejuízos. Por causa disso, muitos correram para retirar móveis, eletrodomésticos e objetos pessoais dos imóveis. Eles foram ajudados por outros vizinhos e até mesmo pela Guarda Municipal e PM.



O temor de prejuízo também atinge Alcebiades João Junker Neto, de 52, que é locatário de uma garagem próxima ao local do incêndio. O comerciante chegou ao endereço depois que foi avisado por um amigo. “Na garagem tem cinco veículos estacionados que não tem como serem retirados, pois as chaves não estão aqui. Estou tentando uma forma de retirar os carros com guinchos”, afirmou.

Lorrayne Santos de Souza, de 20, moradora da Rua Guimarães, 2.652, estava na casa de uma amiga, quando soube do incêndio e veio ver o que estava acontecendo. O cachorro dela, chamado Nicolas, já tinha sido retirado por outras pessoas que pularam em seu imóvel. Lorrayne está grávida de oito meses e todo enxoval do bebê está dentro da residência. “Não é raro ocorrer este tipo de problema aqui no bairro, pois tem muita empresa de produtos inflamáveis. Acho que deveria ter uma fiscalização mais rigorosa. Este tipo de problema coloca em risco a vida das pessoas e gera medo”, comentou.

A auxiliar administrativa Maria da Penha de Abreu, de 33, com seu cachorro Fred(foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press)
A auxiliar administrativa Maria da Penha de Abreu, de 33, com seu cachorro Fred (foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press)


A auxiliar administrativa Maria da Penha de Abreu, de 33, que mora na Rua Guimarães, 2361, não estava em casa quando o incêndio começou. Ela foi alertada por um vizinho e chegou preocupada no local. Quando chegou o Fred já tinha sido retirado por outros moradores, e parte dos móveis e pertences pessoais. “A grande preocupação, agora, é ver qual a situação no interior da casa”, disse.

O comerciante Gustavo de Carvalho Pereira, do de uma casa de autopeças, que fica ao lado da empresa que se incendiou, disse que por pouco as chamas não atingiram o imóvel. “Recebi notícias por amigos em uma rede social, de que tinha um galpão próximo a minha loja em chamas. Olhei pelas câmeras e não percebi nada, mas depois recebi uma nova mensagem mandando eu vim para cá, pois a casa de lubrificante, que fica ao lado, estava pegando fogo. Então, cheguei, abri a loja para os bombeiros retirarem alguns materiais inflamáveis. Aparentemente não vi nada, mas parece que o fogo não chegou e que está controlado”, comentou.



Combate

O combate é feito por mais de 15 viaturas do Corpo de Bombeiros e ainda não tem previsão de acabar. O fogo segue descontrolado. “Temos um veículo especial de combate a incêndio onde é feito direto, mas através de escada plataforma e autobombas fazendo o combate na linha de combate de incêndio. Não é possível precisar quanto tempo vai durar o combate, pois depois tem que fazer o processo de rescaldo que demora mais tempo que o próximo combate. Esperamos que daqui a pouco esteja concluído”, explicou o Tenente Coelho da Silva, dos bombeiros.

A preocupação é das chamas se espalharem e atingir outros imóveis vizinhos. Várias empresas são instaladas na região. “Aqui são diversos galpões, que é a característica de construção do bairro. Não sabemos o que há dentro dos imóveis. A medida que o fogo vai evoluindo, a gente vai resfriando e combatendo para eliminar totalmente o incêndio”, comentou o tenente.

Aproximadamente 61 bombeiros participaram da ação. Entre elas, a Autobomba Plataforma Escada, que atinge uma altura de 54 metros, o equivalente a um prédio de 18 andares.


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