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Estado de Minas

Família de empresário morto em boate pede justiça

O corpo do morador de Betim, assassinado na porta de uma casa de shows, em Belo Horizonte, foi enterrado ontem. Amigos dizem que ele não se envolveu em briga


postado em 01/05/2016 06:00 / atualizado em 01/05/2016 08:16

A namorada, Jéssica, disse que vai acompanhar o inquérito de perto (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
A namorada, Jéssica, disse que vai acompanhar o inquérito de perto (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Estarrecida com a brutalidade da morte e com sede de justiça, a família do empresário Guilherme dos Santos Alves, de 33 anos, enterrou o corpo dele ontem, no Cemitério da Paz, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O morador de Betim, na Grande BH, foi assassinado na porta da casa de shows Alambique, na Região Oeste da capital, depois de um desentendimento dentro da boate com um grupo que, de cima de um camarote, jogava espumante nele, em seus amigos e em outras pessoas que estavam na parte de baixo. O autor do crime, o mecânico Paulo Filipe Gonçalves, de 28, foi preso em flagrante e até a tarde de ontem permanecia detido. Ainda em meio às lágrimas, a família agora pretende lutar para que Paulo permaneça atrás das grades. “Vamos acompanhar o inquérito de perto e não deixar o caso cair no esquecimento. O que ele fez é imperdoável. Ele acabou com a vida de uma família inteira”, desabafou a namorada da vítima, a administradora Jéssica Gonçalves, de 27, que estava de casamento marcado com Guilherme para outubro. “Amanhã (hoje) é meu aniversário e passaria ao lado dele. Não poderia ter recebido uma notícia pior do que essa”, contou.

O velório ocorreu ontem durante toda a manhã na Casa da Paz, no Bairro Bonfim. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens ao homem, que deixa três filhos de relacionamentos diferentes. Ao falar do namorado, com quem se relacionava há um ano e meio, Jéssica disse que Guilherme nunca havia se envolvido em brigas. “Ele era uma pessoa extremamente calma, tranquila. Corria de briga”, afirmou.

Entre os amigos que foram se despedir da vítima, dois estavam com ele na noite da tragédia. “Apesar da provocação do assassino e do bate-boca que houve na boate, não houve briga, porrada. Muitas pessoas foram reclamar com quem jogava a bebida. O Guilherme também chegou a ir, mas foi pedir para parar, foi tentar apaziguar. Ele pediu para não jogarem mais. Mas o ‘cara’ marcou o Guilherme e o esperou por 40 minutos na saída”, conta uma testemunha, que prefere não se identificar. Outro amigo lembrou dos últimos instantes na porta do Alambique. “Nós saímos, demos alguns passos, e o assassino chegou por trás. Atirou covardemente. Ainda esbarrou em mim e disse ‘se você vier atrás vai tomar também’”, contou.

HOMENAGEM
Para o próximo fim de semana, amigos vão prestar homenagem ao rapaz, que era amante de futebol. “Vamos fazer uma pelada pela paz em um clube de Betim”, contou a amiga Fernanda Piacesi, que também esteve no enterro de Guilherme ontem. A vítima foi atingida por quatro disparos: um na perna, outro no braço e dois no tórax. Depois de atirar contra a vítima, o mecânico foi preso em flagrante quando se preparava para fugir em um veículo C4 Pallas.


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