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Estado de Minas

Minas ganha primeira reserva dedicada a uma espécie aquática do Brasil

A área com cerca de 100 hectares fica às margens do Rio Carangola, em Tombos, na Zona da Mata


postado em 18/04/2016 09:29 / atualizado em 18/04/2016 09:36

(foto: Gláucia Drummond/Fundação Biodiversitas)
(foto: Gláucia Drummond/Fundação Biodiversitas)
Foi inaugurada em Minas Gerais neste mês a primeira reserva dedicada a uma espécie da fauna de água doce do país. Localizada às margens do Rio Carangola, em Tombos, na Zona da Mata, a Reserva Ninho da Tartaruga dará proteção ao cágado-de-hogei, também conhecido como cágado-do-paraíba, um dos 25 quelônios mais ameaçados do planeta.

O Mesoclemmys hogei é o único quelônio de água doce ameaçado no Brasil e seu risco de extinção é considerado extremamente crítico e está entre as espécies que integram o Plano de Ação das Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção da bacia do rio Paraíba do Sul (PAN PS).

A área com cerca de 100 hectares em Tombos foi adquirida pela Fundação Biodiversitas com o apoio das instituições norte-americanas Rainforest, Trust e Turtle Survival Alliance. A primeira é voltada para proteção das florestas tropicais e espécies ameaçadas, e a segunda para a conservação de quelônios ameaçados no mundo.

O primeiro passo para a implantação da reserva é adquirir e regularizar as terras. Em um segundo momento, é feito o cercamento, construção de sede, base de pesquisa, casas para auxiliares de campo e outros equipamentos para que o local se transforme em uma referência de pesquisa e educação ambiental.

De acordo com a Fundação, a comunidade local é uma das principais aliadas para o funcionamento da reserva e manutenção da espécie. Entre outras medidas, pescadores amadores que vivem no local aceitaram mudar o tipo de anzol para um tipo mais seguro para a espécie. Os ferimentos causados pelo equipamento são uma das principais ameaças ao cágado-do-paraíba.

Entre os parceiros do programa estão o Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental e a Universidade do Estado de Minas Gerais, UEMG – Campus Carangola (CECO) e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), que desde 1992 apoiam pesquisas relacionadas à espécie, além de terem atuado na criação do Comitê Integrado de Proteção ao Cágado.


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