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Estado de Minas

Apesar de captação extra, consumo de água recua na Grande BH


postado em 17/04/2016 06:00 / atualizado em 17/04/2016 08:59

(foto: EM/D.A Press )
(foto: EM/D.A Press )
Quase quatro meses após a inauguração da captação emergencial da Copasa diretamente no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a população da Grande BH continua economizando água mesmo em um cenário mais tranquilo, com o risco de desabastecimento afastado para a região. Dados fornecidos pela Copasa mostram que, em janeiro, a diminuição chegou a 10,5%, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em fevereiro, a redução no consumo foi de apenas 3,3%, mas a Copasa já havia registrado recuo em fevereiro de 2015, de 9,4% em relação ao mesmo período de 2014. Isso mostra que a redução no segundo mês do ano já se repete pelo segundo ano consecutivo.

(foto: Copasa/Divulgação )
(foto: Copasa/Divulgação )
Em novembro e dezembro do ano passado, os percentuais de redução foram os menores do ano, com uma poupança de 6,34% em novembro e 3,6% em dezembro. A explicação da empresa para uma economia menor naquela época foi a ampla divulgação seguida da inauguração da obra de emergência, em 20 de dezembro, que garantiu a segurança hídrica na Grande BH pelos próximos 20 anos.

Segundo a Copasa, com a crise eliminada na região, a economia não é mais necessária, principalmente da forma que foi veiculada pela companhia de saneamento na época da crise, com a necessidade de redução de 30% no consumo. Essa situação ocorre em virtude da recuperação dos reservatórios garantida pela obra. “Porém, a Copasa sempre recomenda o consumo consciente evitando o desperdício”, diz a empresa, via assessoria de imprensa.

Para o professor da PUC Minas e doutor em recursos hídricos José Magno Senra Fernandes, o exemplo de 2015, quando a Copasa assumiu a crise e chegou a cogitar o uso de medidas restritivas de consumo, como a sobretaxa e o racionamento, deve ser usado para nortear um padrão de consumo mais consciente daqui para frente. “A tônica deve ser o estímulo ao consumo econômico, pois a tendência da crise hídrica é sempre piorar, com nossos mananciais cada vez mais poluídos. Temos que manter um padrão de consciência sem prejudicar a qualidade de vida, principalmente por meio da higiene e bem-estar. É possível usar a água para curtir sem desperdiçar”, afirma Fernandes.

O especialista lembra dicas simples que podem ajudar e muito a reduzir o consumo, sem prejudicar a rotina normal. “Fechar a torneira quando se está escovando os dentes e na hora de ensaboar as mãos é muito importante. Limpar os pratos antes de lavar também significa economizar água. São detalhes que fazem a diferença”, completa.


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