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Estado de Minas

Equipe do Vaticano exuma restos mortais de Padre Libério na Região Centro-Oeste de MG

Ação é mais um passo no processo de beatificação do religioso. Restos mortais serão tratados e levados, em 12 de março, para a Paróquia de Leandro Ferreira, onde ficarão depositados


postado em 03/03/2016 19:54 / atualizado em 03/03/2016 21:49

Fiéis rezam pela beatificação do Padre Libério(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Fiéis rezam pela beatificação do Padre Libério (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Mais um passo foi dado em Minas Gerais para o processo de beatificação de Padre Libério Rodrigues Moreira, conhecido como Padre Libério. Na noite de quarta-feira foi feita a exumação do corpo do sacerdote mineiro, que viveu de 1884 a 1980. O processo ocorreu no cemitério de Leandro Ferreira, no Centro-Oeste de Minas, e foi acompanhado por representantes do Vaticano. Os restos mortais serão tratados e levados, em 12 de março, para a paróquia do município, onde ficarão depositados.

A exumação é uma das etapas da beatificação. “Está dentro do processo. Consta a exumação do corpo e a colocação dele no lugar propriamente eclesiástico, sob os cuidados da Igreja. É isso o que vamos fazer em breve”, explicou o bispo José Carlos Souza Campos, responsável pela Diocese de Divinópolis, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A verificação do corpo do padre, que está enterrado no cemitério há 35 anos, foi feita por aproximadamente 10 pessoas, entre elas os técnicos de Roma, padre Paolo Lombardi e Paolo Vilotta. Ambos participaram de outros processos no Brasil, como os de Inhá Chica, Irmã Dulce, Irmã Benigma e Irmão Victor. A retirada dos restos mortais emocionou quem acompanhou o processo. “Foi de fato muito marcante, dentro de um rito litúrgico. Quando se quebrou a pedra de mármore onde estava sepultado Padre Libério, e assim que vimos o caixão, fizemos orações, incensamos os restos mortais e cantamos”, comentou o bispo José Carlos.

Foram retirados pequenos fragmentos de ossos, que, segundo o bispo, “cabiam em duas mãos juntas”, e fragmentos de roupas, como camisa, calça, túnicas, estola e do caixão. “Será feito um sarcófago ao fundo da igreja onde serão depositados os restos mortais. Continuando o processo e, chegando a uma beatificação ou canonização, será tirado e colocado em um local mais adiante da igreja”, afirmou José Carlos.

A primeira etapa para o processo de beatificação está no fim. Foram reunidos depoimentos de pessoas que conheciam o religioso ou tiveram contato com ele, e a remontagem de trajetórias de Padre Libério. As comissões percorreram cidades onde ele viveu, como Lagoa Santa, São José da Varginha, Pará de Minas, Leandro Ferreira, Divinópolis, Pitangui e Nova Serrana, onde juntaram documentos. “Essas duas coisas estão praticamente prontas. Estão sendo revisadas. A parte das entrevistas está praticamente terminada, até com excessivos personagens. E a parte do relatório histórico está sendo revisada, para deixar no formato exigido pela congregação da causa do santo”, disse o bispo.

Entre as graças atribuídas a Padre Libério que ganharam fama no país está o caso do estudante Walace de Souza, de Pará de Minas. Ele foi atropelado quando participava de uma romaria. Levado ao hospital com hemorragia interna e fratura na bacia, os médicos chegaram a desenganá-lo diante da família. O rapaz foi curado, segundo relatos de moradores, depois de um pedido da avó ao Padre Libério. Três possíveis milagres estão sendo analisados.

O Estado de Minas contou a história da devoção a Padre Libério na série Provas de Fé, publicada em setembro do ano passado. A fé dos religiosos transformou Leandro Ferreira em um movimentado centro de peregrinação. Da fonte que tem nome do padre, fiéis levam centenas de garrafinhas com água, que acreditam estar impregnada de uma energia abençoada.


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