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Estado de Minas

Anta morre presa na lama da Samarco


postado em 15/01/2016 06:00 / atualizado em 15/01/2016 08:05

A anta foi atraída pela água do remanso e terminou presa no atoleiro(foto: Arquivo do Parque Estadual do Rio Doce/Divulgação )
A anta foi atraída pela água do remanso e terminou presa no atoleiro (foto: Arquivo do Parque Estadual do Rio Doce/Divulgação )
Um animal silvestre, a armadilha e ainda os efeitos dramáticos do rompimento da Barragem do Fundão ocorrido há mais de dois meses no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central. Em busca de água limpa para matar a sede, uma anta morreu atolada num remanso do Rio Doce, na divisa com o Parque Estadual do Rio Doce, que tem áreas distribuídas pelos municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio, na Região Leste do estado.

Segundo o diretor de Áreas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Henri Collet, tão logo recebeu a informação, uma equipe do parque foi deslocada para tentar retirar a anta, embora sem sucesso. “Essa é a primeira identificação de um animal morto na lama, aqui na região”, disse Henri Collet. Ele se mostrou preocupado com a cena, pois a reserva ambiental, que faz divisa ao longo de 42 quilômetros com o Rio Doce, abriga onças, capivaras e outros bichos.

“Sem condições de sair do atoleiro, devido aos bancos de areia movediça em que se tornaram as margens do rio, o mamífero acabou morrendo. Na tentativa de beber água, a fauna pode se tornar presa fácil da lama que tomou conta do curso-d’água”, lembrou o diretor.

O atoleiro fica perto do local conhecido como Ponte Perdida, uma estrutura antiga dentro dos limites do Parque Estadual do Rio Doce e onde há uma centro de pesquisa. O diretor explicou que os remansos, que podem ser entendidos como trechos nas margens, se tornaram pontos movediços numa longa extensão. “São pontos formados por grande quantidade de água, embora aparentemente seguros, pois estão com uma camada de lama. Quem viu, na tevê, o bombeiro se atolando em Bento Rodrigues, pode visualizar melhorar o cenário movediço”, afirmou.

No dia a dia, os animais que vivem no parque e entorno costumam atravessar as matas para buscar água e alimentos perto do rio. No entanto, disse o diretor, a lama que vazou da mineradora Samarco, em 5 de novembro, culminando no maior desastre socioambiental do país, formou uma camada que não desceu ainda completamente para o fundo do rio.


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