(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Família de idoso denuncia superlotação e demora para marcar cirurgia em Betim

Idoso já foi internado duas vezes e liberado em seguida por falta de vagas. Prefeitura de Betim confirma que há déficit de leitos em toda a região e que está priorizando o atendimento de pacientes agudos e dos casos de urgência


postado em 12/11/2015 14:57 / atualizado em 12/11/2015 15:09

"Não sabemos mais o que fazer". Este é o desabafo de Junia Cristina Pereira, que vê o quadro de saúde do seu pai piorar a cada dia que passa por conta da demora na marcação de sua cirurgia. Ela diz que Joaquim Francisco Pereira, de 66 anos, sofre constantemente com crises de dor intensa, devido a um problema na pâncreas. Sempre que a família precisa interná-lo, o idoso recebe injeções e é liberado pelos médicos, que alegam falta de vagas nas unidades de saúde do município. Enquanto lida com esta situação, Joaquim aguarda pelo dia em que seu nome será chamado na fila de espera por uma cirurgia.

De acordo com a família, o idoso foi internado pela primeira vez no fim de maio deste ano, quando deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Teresópolis, em Betim. O quadro foi diagnosticado pelos médicos como um problema de pedra na vesícula, situação que causa muitas dores ao paciente. "O problema é que os funcionários da UPA nos falaram que não havia vagas na unidade e que o município de Betim praticamente não estava fazendo cirurgias, pois a fila de espera era muito grande", disse Junia Cristina Pereira.

Entre idas e vindas de casa para a UPA Teresópolis, Joaquim Francisco precisou ser internado novamente em 31 de outubro. Desta vez, o quadro havia se agravado e o problema havia se transferido para o pâncreas do idoso. "Meu pai é hipertenso e isso agrava a situação. Ele foi liberado novamente pelos funcionários por falta de vagas em Betim. Eles não nos deram nenhuma solução e um médico chegou a me dizer que se nós tivéssemos dinheiro ele já havia sido operado", desabafou.

Ainda conforme a família, por conta das crises de dor, já aplicaram, inclusive, doses de morfina no paciente para que ele se sentisse melhor. "Precisamos de ajuda, não sabemos mais o que fazer. Precisamos de um solução, pois muitas pessoas também estão sofrendo como nós", completou Junia.

O em.com.br entrou em contato com a prefeitura de Betim, que disse que Joaquim Francisco Pereira passou por atendimento médico com um clínico geral e um cirurgião, foi medicado e realizou exames de ultrassom. Desta forma, foi constado, por meio dos exames e avaliação médica, que o paciente necessita de intervenção cirúrgica.

Entretanto, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Teresópolis não realiza o tipo de procedimento necessário. Após o atendimento, o paciente foi encaminhado para o agendamento da cirurgia.

A secretaria de saúde de Betim confirmou à reportagem que o procedimento ainda não foi realizado devido a grande demanda por cirurgias eletivas, e que há déficit de leitos em toda a região. O Hospital Público Regional, por exemplo, tem realizado, em média, 1.600 cirurgias por mês, e tem atendido a um grande número de pacientes de outras cidades, pois, segundo a secretaria, Betim é referência para mais 13 municípios.

A prefeitura de Betim informou ainda que devido ao número elevado de atendimentos e procedimentos, a secretaria está priorizando o atendimento de pacientes agudos e dos casos de urgência.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)