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Estado de Minas

Policial militar é preso por matar mãe e filha em Betim

Investigações apontaram que o homem é conhecido como uma espécie de justiceiro na região do Bairro Cidade Verde. Segundo a Polícia Civil, mãe e filha eram usuárias de drogas e o militar não se conformava


postado em 13/05/2015 14:32 / atualizado em 13/05/2015 15:20

Um policial militar foi preso na manhã dessa terça-feira por matar uma mulher e a filha dela em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, o homem é conhecido como uma espécie de justiceiro na região do Bairro Cidade Verde. As investigações apontaram que Ana Carolina Gomes Carneiro, de 31 anos, e a filha dela, Bianca Gomes de Carvalho, de 15, eram usuárias de droga e o militar não se conformava com a situação. O crime aconteceu no dia 7 de abril.

De acordo com a Polícia Civil, o homem já teria ameaçado as vítimas por causa desse comportamento. As duas, então, começaram a denunciar o militar para outras pessoas. Moradores do bairro a denunciaram o policial à Corregedoria da PM por tráfico de armas.

As investigações apontaram que o militar articulou o duplo homicídio ao tomar conhecimento das denúncias. Ele escutou Bianca falando com a mãe que iria acompanhá-la na saída do trabalho e seguiu a jovem. As mulheres foram abordados pelo policial, que estava em um carro preto. Ele fez o primeiro disparo contra Ana Carolina, que ainda conseguiu correr. Em seguida, atingiu Bianca, que caiu no chão. Na tentativa de fuga, Ana Carolina ainda chegou a fazer sinal para que um ônibus parasse, mas foi puxada pelo militar e morta com três tiros. O suspeito ainda voltou e deu um tiro na cabeça de Bianca. Durante toda a ação, mãe e filha estavam acompanhadas por um adolescente de 16 anos, que foi testemunha do crime.

Durante a ação policial, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na casa do suspeito. No local, a polícia encontrou munições calibre 38, um carregador de revólver e duas bombas caseiras. O militar foi indiciado por duplo homicídio, com qualificadores por vingança e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com levantamentos, devido a um tratamento psiquiátrico, há três anos o policial militar tinha restrições no uso de armas por parte da corporação. Por esse motivo, ele prestava serviços administrativos internos na 7ª Companhia de Polícia Militar de Igarapé, onde foi preso. Mesmo com a proibição do uso de armas, testemunhas relatam que o militar ostentava na vizinhança um revólver cromado, calibre 38, descrito como o usado na prática do crime. Ele disse à polícia, no entanto, que há cerca de dois anos teria perdido a arma.

Em declarações prestadas à Polícia, o sargento afirmou que estava em casa no momento do crime e negou sua participação. O militar foi encaminhado para o Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes (RCAT), unidade montada da Polícia Militar de Minas Gerais.


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