(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Lojistas cobram providências contra feira clandestina no Centro de BH

Comerciantes afirmam que situação ficou crítica na Praça da Rodoviária quando a PM retirou da Praça Sete os vendedores ambulantes


postado em 26/04/2015 06:00 / atualizado em 26/04/2015 07:26

O uso da praça da rodoviária como feira livre de produtos de origem ilícita foi engrossado, segundo comerciantes de lojas próximas e os próprios receptadores, pela migração da atividade da Praça 7. Por muitos anos, a Praça 7 foi reduto de venda de produtos roubados, mas vinha sendo alvo de sucessivas operações que a Polícia Militar denominou “saturação”. As ações consistiam na chegada de surpresa da PM e de fiscais da prefeitura por todos os acessos dos quarteirões fechados para abordar suspeitos. “Foi depois que a PM expulsou os bandidos da Praça 7 que chegou essa legião aqui. Demorou mais de 30 anos para limparem a Praça 7 (dos criminosos), será que vão demorar esse tempo todo para fazer o mesmo aqui (na Praça Rio Branco)?”, reclamou um gerente de loja de calçados, que trabalha nas proximidades e que reclama da insegurança.
Na Praça 7, principalmente no quarteirão Pataxó (entre a Rua Espírito Santo e a praça), também há grupos de pessoas vendendo produtos de origem duvidosa, a maioria roupas e acessórios. Na última quinta-feira, por exemplo, os artigos vendidos eram apenas óculos, pulseiras e camisas. O espaço ainda concentra outros tipos de comércio irregular, como os camelôs infiltrados entre indígenas e cambistas.

A movimentação de receptadores também coincidiu com reclamações de lojistas sobre arrombamentos no Hipercentro. “Estamos preocupados com o número de arrombamento de lojas. Temos imóveis muito antigos no Centro que não têm laje. Os bandidos aproveitam o policiamento escasso, sobem nos telhados, invadem as lojas e levam produtos e equipamentos. É daí que vem a maioria desses artigos vendidos ilegalmente na praça”, afirma o diretor da Associação Comercial de Minas (ACMinas) e presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep) do Hipercentro, Jonisio Lustosa. Para ele, falta mais policiamento nas ruas. “Antigamente, tínhamos uma presença muito importante da PM no Centro. Eram 600 policiais atuando. Hoje, parece que são 200”, disse.

Outro problema que dificulta a segurança, segundo Lustosa, é a presença de moradores de rua e de camelôs. “Estamos preocupadíssimos. Os camelôs estão voltando a tomar o Centro. Os bandidos se aproveitam disso e se misturam a eles e aos moradores de rua, para esconder o que roubam e para arrombar o comércio”, afirma. Segundo ele, o desvio de produtos por funcionários de lojas para atravessadores e receptadores é muito preocupante. “É difícil provar, pois os assaltos são muito frequentes e não se sabe o que saiu de um roubo, de arrombamento ou de desvio.”

Enquanto receptadores tomaram boa parte da Praça Rio Branco, entre as ruas Curitiba e dos Caetés, do outro lado atuam os agenciadores do transporte intermunicipal, que competem com os ônibus na rodoviária. Na continuação da Rua Curitiba, no quarteirão oposto à Praça Rio Branco, há uma fileira de pessoas encostadas nas portas das lojas oferecendo celulares também de procedência duvidosa, com as opções com caixa e manual ou sem os itens de fábrica. Ficam oferecendo os aparelhos se disfarçando entre os comerciantes de chips telefônicos das operadoras.

Outro lado O comandante da 6ª Companhia da PM responsável pelo policiamento no hipercentro, major André Domiciano de Oliveira, disse que a Praça Rio Branco concentra um grande número de moradores de rua, vendedores ambulantes, apresentações artísticas e atividades religiosas diversas e que muitos oportunistas e infratores aproveitam essa aglomeração para comercializar produtos de origem duvidosa. “Não são raras as vezes que infratores são flagrados comercializando drogas e produtos diversos, resultando em muitas conduções. Muitas prisões de foragidos da justiça também são realizadas no local” , afirmou o major, por meio de nota. “Absurdamente, os infratores não se intimidam em seus atos, mesmo estando a poucos metros da sede da 1ª Região Integrada de Segurança Pública”, observou. O militar informou que intensifica operações no local e adiantou que a PM participará de ação social na Praça Rio Branco, prevista para 17 de maio. (MP)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)