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Estado de Minas

Ato na UFMG tem 'beijaço' contra preconceito e discriminação sexual

Episódios relacionados à homo-lesbofobia dentro do ambiente acadêmico motivaram a manifestação, que contou com performances artísticas no pátio da Faculdade de Direito da universidade


postado em 16/04/2015 19:47

Estudantes e integrantes de coletivos contra a homo-lesbofobia em manifestação na UFMG(foto: Túlio Santos/EM/D A Press)
Estudantes e integrantes de coletivos contra a homo-lesbofobia em manifestação na UFMG (foto: Túlio Santos/EM/D A Press)
Cerca de 60 pessoas, entre alunos da Faculdade de Direito e outros cursos da UFMG, participaram, na noite desta quinta-feira, no pátio da instituição, conhecido como território livre, de um ato com performances artísticas contra discriminações e violência sofridas por pessoas LGBT. O ponto alto da manifestação foi um ‘beijaço’ ocorrido no pátio, que se estendeu à frente da faculdade, na Avenida João Pinheiro, na Região Central de Belo Horizonte.

Episódios relacionados à homo-lesbofobia dentro do ambiente acadêmico motivaram o ato, organizado por estudantes e coletivos da UFMG. Intitulado “O afeto é a melhor arma contra a LGBTfobia”, o ato tem a intenção da chamar a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade em geral para a gravidade dessas violências.

Rodrigo Ribeiro, de 19 anos, aluno do 3º período de Direito e um dos organizadores do ato, explicou que o ato, além de reunir alunos da faculdade e de outros cursos da UFMG, teve também a participação de integrantes de vários movimentos de defesa LGBT. “Essa é uma maneira de sermos solidários à causa por meio do ‘beijaço’ e de performances artísticas, para chamar atenção das pessoas para discutir essa questão. O objetivo é darmos visibilidade à luta contra a homofobia no ambiente universitário, onde não se espera acontecer tais atos”.

A estudantes Zilda Onofri, de 21 anos, do 5 período, acrescentou que a mobilização serve para denunciar a omissão da direção em relação ao machismo, a homofobia e lesbofobia. “Estamos aqui para mobilizar contra o silêncio institucional diante de uma exposição preconceituosa dentro de sala de aula”.

Cristiano Luiz Girardelli de Barros, recém formado no curso de direito e homossexual, considerou que o ato apenas se soma à apropriação de um discurso sem contexto, de que a instituição acoberta a homofobia, por questões políticas internas e externas da faculdade. “São oportunistas que têm feito essas acusações de homofobia para defender interesses políticos”, afirmou. “Eu não estava na sala, não sou testemunha ocular, mas isso não aconteceu”, disse Barros em defesa do professor José Marques Vieira. Ele ainda garantiu que não houve omissão da direção da faculdade de Direito em relação à questão.

Representantes de grupos envolvidos frisaram que as descriminações não estão restritas ao ambiente universitário. “Pelo contrário, acontecem rotineiramente em locais como a casa e o trabalho. Muitas vezes, essas manifestações são acobertadas pelo argumento da liberdade de expressão, que, na verdade, não pode ser usado como respaldo para a difusão de discursos de ódio, conforme recentes decisões judiciais têm indicado”.


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