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Estado de Minas

Serras que levam a destinos históricos de Minas escondem perigos para motoristas

Última reportagem da série revela os riscos dos trechos sinuosos que levam a cidades destinos históricas, embora a maior parte dos trechos tenha boa conservação


postado em 17/12/2014 06:00 / atualizado em 17/12/2014 08:34

Trechos sinuosos, como os que se multiplicam na Serra de Itabirito, que leva a Ouro Preto, exigem prudência e perícia de motoristas, especialmente debaixo de chuva(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Trechos sinuosos, como os que se multiplicam na Serra de Itabirito, que leva a Ouro Preto, exigem prudência e perícia de motoristas, especialmente debaixo de chuva (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Encravado em regiões montanhosas, em um visual típico da topografia mineira, o circuito das cidades históricas reserva aos motoristas os piores trechos de rodovias justamente em áreas sinuosas de serras, mas reúne também algumas das estradas mais bem conservadas para quem vai viajar neste fim de ano. Na última reportagem da série sobre a situação das estradas – na qual foram abordados os principais destinos procurados pelos mineiros, com destaque para as BRs 381, 040 e 262 –, o Estado de Minas avalia trechos de pistas e informações do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e da Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Dos 365 quilômetros de vias que levam a Ouro Preto, Mariana, Ouro Branco, Congonhas do Campo e Conceição do Mato Dentro, incluindo a Serra do Cipó, 70%, ou 255 quilômetros, estão em boas condições de tráfego. Nada, porém, que permita ao viajante abandonar o estado de alerta, já que 110 quilômetros (30%) exigem atenção em curvas, áreas de acesso movimentadas ou com asfalto em reparos.

A Serra de Itabirito, que é cortada pela BR-356 – concedida ao DER-MG e à PMRv –, abriga o trecho mais perigoso no caminho entre Belo Horizonte e Ouro Preto. A grande sequência de curvas fechadas e os poucos espaços para ultrapassagens exigem paciência dos motoristas e planejamento para controlar o veículo. “As condições da estrada estão muito boas, a sinalização foi recuperada e houve manutenção recente. O pavimento está novo, mas a Serra de Itabirito é um trecho de risco, muito sinuoso e com uma grande concentração de acidentes, sobretudo nas chuvas”, alerta o major Cássio Eduardo Soares Fernandes, comandante da PMRv da Grande BH.

Na região, o viajante pode ampliar o circuito de visitas para conhecer outras cidades históricas por rodovias estaduais. De Ouro Preto, seguindo por mais 15 quilômetros pela
BR-356 e entrando na MG-129, conhecerá Mariana. Por 35 quilômetros pela rodovia
MG-129 chega-se a Ouro Branco, cidade próxima à BR-040, que por sua vez leva a Congonhas, apenas 20 quilômetros adiante. Em todos esses destinos há boa oferta de restaurantes, lanchonetes, oficinas, postos de abastecimento e borracharias. Se necessário, antes da cidade de Ouro Preto, o distrito de Cachoeira do Campo tem boas instalações e ainda um mercado de produtos típicos e artesanato.

Clique aqui e confira as condições de pavimento e serviços de estradas(foto: Arte/EM)
Clique aqui e confira as condições de pavimento e serviços de estradas (foto: Arte/EM)
CIPÓ
A rodovia MG-010 leva a dois destinos muito procurados por turistas, mas que reservam condições diferentes aos viajantes. Nos 99 quilômetros entre BH e Cardeal Mota, na área da Serra do Cipó, a pista até Lagoa Santa é duplicada, com acostamentos e separação entre sentidos opostos, permitindo desenvolver até 110 km/h. Mas, em Lagoa Santa, a passagem por dentro da área urbana trava um pouco o ritmo da viagem, devido aos muitos quebra-molas, semáforos e ao trânsito intenso, já que é uma região de sítios e casas de campo.

Não deixa de ser uma oportunidade para abastecimento do veículo, compra de mantimentos e água, por exemplo. “Nosso movimento aqui triplica no fim de ano. Tivemos até de contratar mais oito funcionários para dar conta da padaria e da lanchonete. Quem para aqui procura geralmente bebidas, picolés e lanches para levar para a viagem”, conta Letícia de Jesus, de 26 anos, supervisora de uma rede de serviços em Lagoa Santa.

Depois da Serra do Cipó, a estrada até a cidade de Conceição do Mato Dentro tem condições perigosas, que exigem atenção dos motoristas, mais uma vez devido a curvas muito fechadas em uma área de serras íngremes. “A estrada está boa, mas as curvas são muito acentuadas e é preciso muita atenção. Agora que começam as chuvas, vão aparecendo também os buracos, e por isso deve-se redobrar a cautela”, recomenda o major Cássio Fernandes.

INTERDIÇÕES Além das grandes rodovias, pequenas estradas do interior passam por situações de limitação de tráfego, de acordo com o DER-MG. Três estão completamente interditadas. A LMG-718 não tem condições de passagem, devido a atoleiros próximos a Nanuque, no Vale do Jequitinhonha. A LMG-728 tem trincas e problemas estruturais na ponte sobre o Rio das Velhas, em Monjolos, na Região Central. Outra transposição comprometida por avarias fica na LMG-840, em Matipó, na Zona da Mata. A ponte sobre o Rio Matipó está interrompida.

Outras 50 vias estaduais se encontram com trechos de circulação precária, com tráfego em meia pista devido a quedas de barreira, erosões, rompimentos de aterro ou outras condições que levam à limitação de trânsito de caminhões e ônibus. A lista integral pode ser conferida no site do DER-MG, pelo link: www.der.mg.gov.br/lista-de-servicos/37-rodovias-com-restricao-de-trafego.


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