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Estado de Minas

Parte da população de BH evita censo sobre saúde

A equipe enfrenta dificuldades especialmente entre moradores dos bairros de maior poder aquisitivo


postado em 27/11/2014 06:00 / atualizado em 27/11/2014 06:53

Sandra Kiefer

Depois de bater em até 30 domicílios da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, sem ser recebidos sequer pelos porteiros dos prédios, pesquisadores contratados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão desistindo de aplicar o questionário do estudo Atos e Comportamentos em Saúde da População de BH. Na Zona Sul, alguns condomínios já dão ordem de barrar pesquisadores de qualquer instituto. A equipe de 110 pesquisadores está enfrentando dificuldades para ser recebida nas residências das diversas regiões da capital, especialmente entre moradores dos bairros de maior poder aquisitivo. A meta é visitar 8 mil domicílios nos próximos dias.

Recrutados entre estudantes e até professores da UFMG, os entrevistadores visitam as casas paramentados com coletes, boné e crachá de identificação. “Não adianta. As pessoas que moram em regiões mais simples abrem a porta mais rápido. Em áreas mais nobres, o porteiro não deixa nem interfonar para os moradores dos apartamentos”, observa a pesquisadora Daniela Alves de Brito Queiroz, de 19 anos, que é aluna do 1º período de medicina da Federal.

Ontem, Daniela Alves visitou um domicílio na Região Central de BH, escolhido aleatoriamente. Passou pelo primeiro teste, sendo bem recebida por Glauco Lopes, porteiro há 10 anos do prédio na Rua São Paulo. Ao interfonar para o apartamento, porém, a reação da moradora foi surpreendente. “Você é uma das 8 mil pessoas escolhidas em BH para participar do questionário sobre saúde que irá embasar as políticas públicas da prefeitura daqui para a frente”, explicou a pesquisadora, ainda na portaria. “Eu fui sorteada? Não acredito. Só pode ser trote!”, desconfiou do outro lado do interfone uma estudante de 22 anos, que depois de muita conversa finalmente concordou em descer e responder ao questionário.

O objetivo do questionário é conhecer melhor os hábitos e comportamentos em saúde da população da capital. “O conceito de saúde deixou de ser ausência de doença e passou a significar o conjunto dos hábitos de lazer, redução no consumo de tabaco e álcool, alimentação saudável e atividades físicas”, explica a psicóloga Michelle Ralil, coordenadora da pesquisa pela Região Centro-sul. Ela lembra que os entrevistadores usam tablets e, caso o entrevistado precise de privacidade para responder a alguma pergunta, ele mesmo poderá preencher automaticamente. Serão ouvidas pessoas entre 15 a 60 anos e a divulgação dos resultados está prevista para março do ano que vem.

Feira e site para adotar animais

Vinte cães e gatos terão a chance de ganhar um novo lar a partir de amanhã. Os animais serão entregues para adoção em uma feira promovida pela ONG BastAdotar e pela Comissão de Controle de Zoonoses da Faculdade de Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. O evento também tem como objetivo divulgar site desenvolvido pela formanda em publicidade Luiza Pontes, de 22 anos, para reunir informações sobre animais abandonados e facilitar o movimento de defesa dos animais. Há orientações sobre providências a serem tomadas nos casos de abandono, contatos de ONGs e clínicas veterinárias parceiras e fotos e características de animais disponíveis para adoção.


O evento será realizado das 10h às 15h na arena do centro universitário (Avenida Antônio Carlos, 6.627, Pampulha).
Os interessados em cuidar de um dos bichos devem portar documentos pessoais (CPF e carteira de identidade), além de comprovante de endereço. Eles também vão participar de uma entrevista para avaliação das condições de ficar com o animal. A BastAdotar foi criada com o intuito de proteger os gatos que eram abandonados na faculdade. Na página, eles promovem feiras e adoções.


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