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Estado de Minas

Minas Gerais segue na liderança no ranking de exploração sexual nas rodovias federais

Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra um aumento de 24,21% de locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais em relação ao último levantamento


postado em 25/11/2014 16:21 / atualizado em 25/11/2014 19:57

Na Região Sudeste, a rodovia que mais apresentou pontos vulneráveis foi a BR-381, com 133 locais identificados, seguida da BR-116, com 98 lugares(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Na Região Sudeste, a rodovia que mais apresentou pontos vulneráveis foi a BR-381, com 133 locais identificados, seguida da BR-116, com 98 lugares (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Minas Gerais continua com o triste estigma do estado que concentra o maior número de pontos de exploração infantil do país. Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado nesta terça-feira mostra um aumento de 24,21% de locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais dentro de Minas, em relação ao último levantamento, realizado entre 2011/2012. Em todo Brasil, foram encontrados 1.969 pontos vulneráveis.

O levantamento foi feito pela PRF com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Childhood Brasil, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e Ministério Público do Trabalho. Eles consideram pontos vulneráveis ambientes ou estabelecimentos onde os agentes da Polícia Rodoviária Federal encontram características – presença de adultos se prostituindo, inexistência de iluminação, ausência de vigilância privada, locais costumeiros de parada de veículos e consumo de bebida alcoólica – que propiciam condições favoráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Região Sudeste é a que apresentou o maior ponto de vulnerabilidade, com 494 áreas mapeadas, seguida da Nordeste, com 475. A liderança segue sendo Minas Gerais, com 313 pontos,  seguida da Bahia, que teve o maior aumento no número de pontos detectados pelos patrulheiros da PRF em relação ao último levantamento. Neste ano, foram 216 locais vulneráveis, contra 77 da última pesquisa – um aumento de 180%. Os dois estados junto com Pará lideram na quantidade absoluta de pontos críticos ou de alto risco de exploração infantil.

Na Região Sudeste, a rodovia que mais apresentou pontos vulneráveis foi a BR-381, com 133 locais identificados, seguida da BR-116, com 98 lugares, e BR-040, com 63. Em todo Brasil, a BR-116 lidera com 243 pontos, seguida da BR-163.

Conforme o levantamento, houve redução de 40% dos pontos críticos, comparado a 2011/2012. Também teve aumento de 9% do número total de pontos mapeados. A PRF avaliou de forma positiva esse valor, já que mais agentes foram treinados para fazer a pesquisa.

O estudo apontou um dado preocupante. Dos 1.121 pontos de risco, 428 indicaram que as crianças e adolescentes, vítimas da exploração, eram originárias de outra localidade, o que pode caracterizar o tráfico de pessoas. A maioria dos menores explorados é do sexo feminino – 69% do total –, 22% transgêneros e 9% são homens.

Postos e restaurantes são os alvos

O relatório indica que os principais pontos de vulnerabilidade continuam sendo postos de combustíveis e locais de alimentação. Os locais são usados para a exploração de crianças e adolescentes principalmente por causa do grande concentração de motoristas e transeuntes das rodovias. Ao todo, foram detectados 1115 pontos em locais destes gêneros.

Foi observado no levantamento a migração de alguns locais já identificados pela PRF anteriormente, e onde aconteceram ações preventivas e educativas. Esses ambientes foram deslocados para dentro das cidades, ou áreas vizinhas as rodovias.

Crianças resgatadas


O número crianças e adolescentes retiradas da situação de risco pelos policiais rodoviários federais deve ficar abaixo da média anual. Até esta terça-feira, foram 188 vítimas resgatadas. Para se ter uma ideia, em 2013 foram 590 e 2012, 420. A PRF afirma que a redução foi ocasionada pelos grandes eventos e a Copa do Mundo de Futebol, pois o efetivo teve que ser deslocado para ações em outros locais.


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