A Polícia Civil investiga uma denúncia do Ministério Público de Andradas, no Sul de Minas, contra três funcionários da Santa Casa de Misericórdia. O promotor da cidade conduziu os suspeito à delegacia sob acusação de cárcere privado, por manterem uma paciente internada à força sem laudo psiquiátrico. A polícia ouviu os envolvidos e abriu inquérito para apurar o caso.
Na manhã de quarta-feira, um sobrinho da paciente procurou a promotoria para relatar a internação involuntária. O representante do MP, Wagner Iemmini de Carvalho, foi até a unidade de saúde e constatou que a mulher estava sendo tratada sem o próprio consentimento. A paciente é irmã da provedora do hospital, uma das pessoas conduzidas à delegacia pelo promotor. Carvalho considerou que casos de internação compulsória devem ser comunicados à promotoria.
Além da provedora, foram detidos o diretor clínico e o responsável administrativo da Santa Casa. Todos foram ouvidos e liberados, sendo que o delegado Fabrício Mendes Mariano, responsável pela comarca, não ratificou a prisão em flagrante por considerar que a internação foi em decorrência de uma falha administrativa. Ele levou em conta que não houve crime de cárcere, pois a mulher não estava isolada na unidade de saúde.
O delegado se reúne hoje com o MP para discutir o caso. Mariano também vai ouvir testemunhas para dar continuidade às investigações.