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Estado de Minas

Incêndio em quartel pode estar ligado a rixa entre prefeito e militares

O quartel da PM foi totalmente destruído na madrugada de ontem. O incidente despertou entre moradores lembranças da rixa entre o atual prefeito, João Abnir Pinho de Souza (PSDB), de 50 anos, com policiais


postado em 25/08/2014 08:04 / atualizado em 25/08/2014 08:22

(foto: Polícia Militar/Divulgação)
(foto: Polícia Militar/Divulgação)
O quartel da Polícia Militar do município de Santa Efigênia de Minas, na Região do Vale do Rio Doce, foi totalmente destruído na madrugada de ontem em um incêndio. Moradores da Rua Primeiro de Setembro, no Centro, acordaram quando o fogo já consumia documentos arquivados, mobília, eletroeletrônicos, uma viatura e a estrutura da unidade policial. Vizinhos ajudaram no combate às chamas, que em pouco tempo queimaram tudo. Quando a viatura do Corpo de Bombeiros de Governador Valadares chegou ao endereço, a situação já estava controlada. A corporação acabou atuando apenas no trabalho de rescaldo. A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso. O fogo, segundo os bombeiros, começou por volta de 2h. Havia um sargento no plantão, mas o militar não estava no quartel quando o fogo começou.

Rapidamente, moradores apareceram para apagar as chamas. O incidente despertou entre moradores lembranças da rixa entre o atual prefeito, João Abnir Pinho de Souza (PSDB), de 50 anos, conhecido pela população como Beto, com integrantes da Polícia Militar local. De acordo com moradores, houve uma série de desentendimentos entre ele e militares da cidade, iniciada em fevereiro, quando Beto e a tesoureira da prefeitura foram presos por desacato.

“O prefeito e a assistente tentaram impedir que a PM interditasse um carnaval de rua, com participação de mais de mil pessoas. Parece que o evento não tinha autorização dos bombeiros e houve uma grande confusão.O caso terminou com denúncias dos dois lados.O prefeito diz que houve truculência e uso abusivo da força. Já os policiais envolvidos acusaram o prefeito de incitar a população contra a PM”, contou um morador, que pediu para não ser identificado.

INTIMIDAÇÃO

Segundo a testemunha, dias depois do episódio da festa de rua, um sargento, comandante do quartel, teve a casa cercada por um grupo de moradores, em incidente que também foi associado na cidade à rixa com o prefeito. Pessoas teriam arremessado bombas caseiras nas janelas, portas e telhado e tentado retirar o militar do imóvel à força. “Só não aconteceu uma tragédia porque a residência do policial foi cercada por viaturas e o grupo recuou.

A situação na cidade é bem tensa”, afirmou o morador, que pediu para não ser identificado. Mas há também quem saia em defesa do prefeito. Uma mulher que mora próximo ao quartel e que ficou assustada com incêndio disse não acreditar que haja qualquer relação entre a rixa e o crime.“É uma ótima pessoa, sou muito amiga dele e ele não seria capaz de fazer nada desse tipo.”

No boletim de ocorrência da PM não constam informações sobre causa ou suspeitos. Peritos da Polícia Civil analisaram o imóvel, onde funcionavam o 4º Grupamento, o 4º Pelotão, a 46ª Companhia e a 25ª Companhia Independente da PM, mas informaram que as causas serão relatadas em laudo, com conclusão prevista para até 30 dias. O caso será investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Guanhães. O Estado de Minas tentou insistentemente contato com o prefeito João Abnir Pinho de Souza, mas nem ele nem qualquer representante da prefeitura foi encontrado para comentar o incidente


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