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Estado de Minas

Cresce número de pessoas que usam bicicleta como meio de transporte em BH

Usuários enfrentam topografia difícil e trânsito perigoso nas ruas e avenidas da capital


postado em 20/07/2014 06:00 / atualizado em 20/07/2014 08:06

Rubens Ramos vai de casa, na Região Leste, até a Savassi, pedalando(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil)
Rubens Ramos vai de casa, na Região Leste, até a Savassi, pedalando (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil)
Pequenas, frágeis e ecologicamente corretas, as bicicletas estão vencendo a dura batalha no trânsito caótico de Belo Horizonte e são cada vez presentes no cotidiano da cidade. Três anos depois da retomada da implantação de ciclovias na cidade, é visível como as bicicletas se multiplicaram. Os reflexos desse crescimento são sentidos em vários segmentos: o número de pessoas interessadas em aprender a usar esse meio de transporte e se informar sobre as melhores rotas aumentou de maneira expressiva nos clubes de ciclismo. No comércio, lojas especializadas em mountain bike (usadas em trilhas off road) mudaram de foco e passaram a vender bicicletas urbanas – principalmente as dobráveis – e acessórios como cestinhas e alforjes, para ajudar nas compras de supermercado.

Para comprovar a expansão do uso das bicicletas em BH, o Estado de Minas foi às ruas e constatou que na ciclovia da Rua Professor Morais, na Região Centro-Sul, o número de bicicletas que hoje passam pela faixa exclusiva dos ciclistas é 146% maior do que há dois anos. A contagem foi feita na quinta-feira, entre 8h e 12h. Neste intervalo, 61 ciclistas usaram a ciclovia e três a cruzaram, passando pela Avenida Afonso Pena. A média de 16 ciclistas por hora é bem superior à de 6,5 por hora registrada em 2012, quando foram contados 26 ciclistas no mesmo intervalo de tempo.

Na comparação com estudo semelhante feito em 2010 pelo Mountain Bike BH, a pedido da BHTrans, o aumento é ainda maior. Na época, quando a ciclovia da Professor Morais ainda não havia sido implantada, foram registrados apenas 21 ciclistas, média de 5,2 por hora.

Dados da Pesquisa Origem e Destino – feita pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) – já revelou a adesão às ciclovias. Em 2000, no primeiro estudo, eram 25 mil viagens diárias. Há dois anos, o número saltou para 130 mil viagens por dia e a previsão é alcançar 250 mil viagens em 2020.

O jeito é pedalar

Um dos novos adeptos da bicicleta como meio de transporte é o engenheiro Felipe Carvalho, de 29 anos. Diariamente, ele vai de casa, no Bairro Anchieta, até o trabalho, no Funcionários, ambos na Região Centro-Sul. “A ciclovia me deixa na porta do meu serviço”, conta. O cabeleireiro Rubens Ramos, de 46, também abriu mão do carro particular. Morador do Bairro Saudade, ele pedala diariamente para o trabalho, na Savassi. “Já que carro não anda e transporte coletivo não funciona, o jeito é pedalar”, avalia. A produtora cultural Siomara Faria, de 31, que trabalha no Centro, também se decidiu pela bike depois de pensar nas complicações do trânsito. “De ônibus, gastaria mais tempo e de carro fica inviável diante da falta de estacionamento e dos constantes engarrafamentos”, afirma. No Sesc Paladium, onde trabalha, não está sozinha quando o assunto é bicicleta. Os colegas Rafael Guimarães e Gisele Milagres também usam a bicicleta diariamente para ir trabalhar.


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