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Estado de Minas

A bordo de motorhomes, chilenos chegam a BH após 10 mil quilômetros de viagem

Torcedores foram a três estados onde a seleção jogou. Agora é a vez de BH, e eles esperam acabar com a hegemonia dos brasileiros


postado em 28/06/2014 06:00 / atualizado em 28/06/2014 07:27

Família Villanueva veio de Santiago num motorhome, que está estacionado no Parque Lagoa do Nado, e se diz pronta para ir a Fortaleza, se o Chile vencer hoje(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS )
Família Villanueva veio de Santiago num motorhome, que está estacionado no Parque Lagoa do Nado, e se diz pronta para ir a Fortaleza, se o Chile vencer hoje (foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS )

Cruzar estradas da América do Sul e abdicar do conforto do lar por um sonho para acompanhar a melhor Seleção Chilena dos últimos anos na Copa do Mundo no Brasil. Assim que os primeiros motorhomes, pequenos caminhões com estrutura acoplada que imita uma casa, começaram a chegar ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no Bairro Itapoã, Região da Pampulha, com os torcedores da La Roja, a aventura completou 10 mil quilômetros rodados em um espaço do tamanho de um quarto. A maioria dos chilenos vem de Santiago e passou por Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo, as três cidades onde a seleção do país vizinho jogou a primeira fase do Mundial.

Cinco integrantes da família Villanueva saíram da capital chilena em 6 de junho. “Foram cerca de 4 mil quilômetros até Cuiabá e o percurso mais difícil até agora, por conta da condição das estradas para chegar ao Mato Grosso. Encontramos muitos buracos pelo caminho”, disse o comerciante Manoel Villanueva, de 56 anos. Uma semana depois de sair de casa, eles assistiram à partida em Cuiabá contra a Austrália e no dia seguinte rumaram para o Rio de Janeiro, onde a euforia aumentou. A vitória por 2 a 0 sobre a Espanha no Maracanã carimbou a vaga para a segunda fase e aliviou o desconforto da pequena casa móvel e da distância.

Na prática, Manoel, a mulher Ruth, o filho Juan, o genro Jose e a neta Juliça souberam aproveitar muito bem o espaço do motorhome. Os cinco se dividem em duas camas de casal e uma de solteiro, que também vira mesa com quatro lugares. Comida e utensílios são armazenados em armários em volta de um fogão e micro-ondas, enquanto na geladeira Ruth mostra que não falta cerveja, refrigerante, suco, macarrão, iogurte e demais alimentos. “Temos também um café instantâneo”, diz ela, que tem 56 anos. O genro Jose Barrios, de 35, mostra, orgulhoso, as duas televisões instaladas para assistir a filmes e garantir a diversão da ala masculina do grupo. “Temos um videogame para fazer campeonato de futebol. No nosso Brasil x Chile, saímos vitoriosos”, brinca ele.

CASTELÃO Se o Chile se classificar hoje, a família já está pronta para seguir viagem para o Castelão, em Fortaleza, mesmo sem ingresso. Se o Brasil for vitorioso, o grupo dará fim a uma viagem de 22 dias. “De qualquer forma, vamos levar em nossos corações a alegria desse povo tão amável que nos recebeu superbem”, afirma Manoel.

Um grupo de seis jovens estudantes, também de Santiago, garante que vai repetir o discurso da família VIllanueva. Mas se o assunto é a organização do motorhome que alugaram por U$ 12 mil para 35 dias, as semelhanças param por aí. Peças de roupas, calçados e cobertores ficam espalhados, mas nada disso os incomoda. Os seis estudantes de engenharia da Universidade de Chile revezam na direção do veículo e, logo na chegada a BH, não perderam tempo. “O banho foi a primeira coisa”, conta Pablo Gajardo, de 24.

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