Foram reconhecidos nove corpos das dez vítimas que morreram carbonizadas no grave acidente ocorrido na BR-116, na última segunda-feira, em Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais. A estudante de medicina Mariana Gomes Porto dos Santos, de 24 anos, que teve 95% do corpo queimado e morreu em hospital do município, já havia sido identificado na quarta-feira. Entre os mortos está um bebê de 40 dias que viajava com a mãe.
Os corpos de Helena Fernandes Mateus, Celina Aparecida Mateus, Ana Paula Ruy Cotrin Araújo, Ana Elizabeth Souza Almeida Pereira, Mariana Mascarenhas Pereira, Elisa Dias da Costa, Luiz Carlos Amâncio Pereira, Leonardo Almeida Pereira e Balbino Caetano Vieira foram identificados. As vítimas moravam no Rio de Janeiro, São Paulo e interior de Minas.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), não foi necessário o exame de DNA, pois o reconhecimento foi possível com base em particularidades dos corpos, como a existência de uma prótese mamária, um aparelho ortodôntico, um pino de platina que uma das vítimas tinha no braço, entre outros. Os nove corpos já estão sendo liberados conforme o comparecimento dos familiares.
A tragédia
No final da tarde de segunda-feira, numa curva do km 781,5 da Rio-Bahia, entre Leopoldina e Além Paraíba, uma carreta tanque com 40 mil litros de óleo diesel e gasolina tombou na contramão da via, chocando-se contra cinco carros. Houve explosão e três veículos, além da carreta, pegaram fogo. Testemunhas afirmam que o motorista dirigia em alta velocidade no trecho, cujo máximo permitido é de 40 km/h.
O acidente provocou vazamento de óleo no Ribeirão Pirapetinga, que corta a cidade de Leopoldina, o que levou a Copasa a interromper o abastecimento de água no município ainda na madrugada de terça-feira. A água foi começou a ser restabelecida na manhã de quarta-feira.