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Estado de Minas

Mineiros invadem o Rio de Janeiro para ver o papa

Depois de uma semana de preparação espiritual, jovens de todas as regiões do estado superam cansaço e contratempos e viajam em caravana para ouvir a mensagem do papa


postado em 23/07/2013 06:00 / atualizado em 23/07/2013 06:57

Jéssica (ao centro, com a mão enfaixada) e os colegas viajaram ontem de ônibus para o Rio: empolgação (foto: GLADSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Jéssica (ao centro, com a mão enfaixada) e os colegas viajaram ontem de ônibus para o Rio: empolgação (foto: GLADSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)


Todos os caminhos levam a Roma e, desde ontem, ao Rio de Janeiro. A segunda-feira foi de despedidas para os católicos que participam esta semana, na capital fluminense, da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013), presidida pelo papa Francisco e com presença esperada de cerca de 2,5 milhões de peregrinos. Só da Arquidiocese de Belo Horizonte, composta por 28 municípios, seguiram cerca de 10 mil rapazes e moças, que, até a tarde do último domingo, fizeram a preparação espiritual na Semana Missionária, com eventos em toda a capital. Transportados em ônibus fretados pelas paróquias, os grupos querem, antes de tudo, ouvir a mensagem do pontífice em sua primeira viagem internacional desde que assumiu o trono de São Pedro. “Muitos querem tocar o papa, mas o importante é ser tocado pelas palavras do papa”, disse o seminarista e estudante de teologia Oberdan Fiorese, que, ao lado do padre Paulo Roberto Guedes Cardoso e do coordenador Luiz Carlos Moreira Santos, acompanha a caravana da Paróquia São Luís Gonzaga, no Bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de BH.

Na saída, às 17h20, muitos abraços nos parentes e, minutos antes, uma bênção especial dada pelo titular da paróquia, padre José Resende, presente amanhã, em Aparecida (SP), na missa celebrada pelo papa e com participação de 5 mil sacerdotes. Ele lembrou que São Luís Gonzaga é o protetor da juventude e a turma se preparou muito para a JMJ. “Temos uma grande missão ao acolher o mundo no Brasil. A principal expectativa em relação ao encontro é marcar a vida de cada cristão e espero que todos sejam recebidos com carinho, fraternidade e solidariedade”. Alegre e com os olhos brilhando pela emoção, o grupo deu as mãos e posou para fotos imitando, com os braços, as cruz peregrina, um dos símbolos da jornada, e a letra jota do nome de Jesus.

Mesmo com o dedo anular da mão direita quebrado, resultado de uma partida de handball, a estudante Jéssica Emanuelle Luiz Lopes, de 17, não desistiu da viagem. “Este dia é resultado de um trabalho iniciado no ano passado. Na Semana Missionária, nós nos reunimos com 160 jovens de vários países, e, além de rezar juntos, praticamos esportes, dançamos quadrilha, foi tudo muito bom”, contou Jéssica, ao entrar no ônibus com a mochila. Atento às palavras do pároco, o estudante de gestão de serviços de saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Túlio César de Sousa Melo explicou, logo depois da bênção, que esta será a sua primeira jornada e visita ao Rio de Janeiro. “A expectativa é grande, será grandioso. Vi a força dos jovens nos últimos dias e será bonito ver todos rezando juntos”.

Ao se despedir da filha Bruna , de 15, a funcionária pública Cláudia Rodrigues Silva Ferreira, sorriu feliz e disse que ela está nas mãos de Deus. “Bruna até sonhou que estava perto do papa Francisco e conseguiu tocar as mãos dele”, comentou bem-humorada. À noite, seguiram os peregrinos da Paróquia da Santíssima Trindade, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste de BH. A coordenadora de grupo, Luísa Palmino, de 21, estudante de design, acredita que a visita do pontífice será um sucesso: “Estou contente, pois se trata de uma oportunidade única para os jovens católicos do país.”

Última chance

No terminal rodoviário, no Centro de BH, muita gente esperava ansiosa no guichês das empresas para comprar a passagem para o Rio. As amigas Analine Morena da Silva, de 18, e Milena Leocádio, de 15, moradoras do Bairro Taquaril, na Região Leste, haviam perdido os ônibus especiais que saíram às 7h de ontem. O cansaço e o sono falaram mais alto, pois as adolescentes ficaram até o encerramento da Semana Missionária na Praça Rui Barbosa (Estação). “Foram dias de muito trabalho, mas vale a pena gastar o dinheiro com a passagem. O pessoal da nossa paróquia vai nos buscar na rodoviária”, adiantou Analine, acompanhada, até o embarque, pela mãe, a professora Consolação Silva.


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