
Os jovens estão motivados com a aproximação da jornada, que começa na terça-feira, no Rio de Janeiro. Um encantamento que pôde ser visto ontem em cada rosto, em cada abraço, cada fotografia que unia as mais diversas nacionalidades. Os peregrinos cantaram, dançaram e aproveitaram a tarde para se divertir na caminhada que começou por volta das 16h e seguiu até a Praça da Estação, no Centro de BH. O percurso de aproximadamente cinco quilômetros foi percorrido em clima de pura alegria e renovação da fé.
Entre os jovens, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom João Justino de Medeiros Silva explicou a intenção do encontro: “Este é um evento para chamar a atenção de todos sobre a realidade social de nossa juventude. Convivemos com um número crescente de assassinatos nessa faixa etária, com a desvalorização da vida, com o alto consumo de drogas e com a falta de oportunidades para nossos jovens”.
Dom Justino fez um balanço positivo dos dias que antecedem a jornada e destacou a hospitalidade dos mineiros. “Há um envolvimento muito grande dos jovens, de suas famílias e de toda a Igreja para receber os peregrinos e acolhê-los da melhor forma”, relatou.
Fiéis que vieram de longe para viver esse momento histórico agradecem. A dinamarquesa Diette Stievano, de 22, se encantou com o que classifica como jeito carismático dos mineiros e não vê a hora de se encontrar com o papa Francisco. “Estou sendo muito bem tratada. Por aqui, tudo é bem diferente da Dinamarca. A cultura, o clima, a alegria dos brasileiros. Estou feliz de estar aqui.”
Ela está hospedada em Contagem, na Grande BH, com um grupo de 50 dinamarqueses que vieram acompanhados de dois padres da Paróquia Cristo Rei, na Groenlândia. Um deles, o pároco Walter Gmelin, também destacou a receptividade. “Chega a me impressionar como as pessoas aqui no Brasil têm o dom da entrega e da doação”, disse. Ao todo, cerca de cinco mil estrangeiros de 20 nacionalidades estão em Belo Horizonte para a semana missionária que antecede a jornada.
