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Estado de Minas

Vítima de estupro volta a acusar ex-bancário Pedro Meyer, o 'maníaco do Anchieta'


postado em 10/05/2013 06:00 / atualizado em 10/05/2013 06:50

Pedro Meyer (D) chegou e saiu do fórum sem falar com ninguém(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
Pedro Meyer (D) chegou e saiu do fórum sem falar com ninguém (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
As acusações de estupro contra o ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, mais conhecido como “maníaco do Anchieta”, foram reforçadas ontem por uma vítima e quatro testemunhas de acusação ouvidas pelo juiz da 8ª Vara Criminal do Fórum Lafayette de Belo Horizonte, Alexandre Cardoso Bandeira. Foi a primeira audiência de instrução na Justiça, e outros dois processos, pelo mesmo crime, tramitam na 9ª Vara Criminal e na comarca de Contagem. Na fase policial, ainda há um inquérito com três vítimas de estupro em andamento.


Meyer é acusado de 16 estupros na década de 1990 e foi posto em liberdade em 10 de abril, depois de passar pouco mais de um ano preso, por falta de laudo médico de sanidade mental, o que levou à prescrição do prazo de prisão. Ele chegou ao Fórum Lafayette acompanhado de advogados e saiu da sala de audiência sem falar com ninguém. Duas vítimas e seus parentes o chamaram de monstro e pediram Justiça. Três testemunhas de defesa foram ouvidas. A vítima ouvida ontem é uma fisioterapeuta de 27 anos. Ela tinha 11 quando foi atacada, em 1997. O crime foi na garagem do prédio onde ela morava, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste da capital.

No ano passado, a fisioterapeuta reconheceu o acusado na rua, o seguiu até a casa dele, no Bairro Anchieta, e chamou a polícia. Nessa quinta-feira, ela reconheceu Meyer novamente perante o juiz, por meio de um vidro que impedia que ele a visse. “Relembrar tudo e saber que ele vai continuar na rua, que pode fazer outras vítimas, me deixa desesperada. O meu sentimento é de impotência. Ele está sem bigode, com os cabelos aparados, mas continua com o mesmo olhar de demônio”, disse a vítima.

“Durante 15 anos quis encontrá-lo, e quando o encontro ele é colocado nas ruas de novo. Só vou superar quando ele estiver condenado e pagando pelo que fez a mim, a minha família e a todas as outras vítimas”, lamentou a mulher, que deixou a sala de audiência aos prantos .

Os crimes atribuídos a Meyer foram cometidos entre 1990 e 1998 e muitos já tiveram o prazo de julgamento esgotado. “O prazo máximo de prescrições no Código de Processo Penal é de 20 anos. De 1993 para trás, estão prescritos”, disse o representante do Ministério Público. Para cada crime, Meyer pode pegar pena máxima de 13 anos. Na Polícia Civil, ele confessou apenas três estupros.

A defesa do réu alega que o laudo do exame de sanidade mental entregue à Justiça no mês passado está incompleto, ao concluir o ex-bancário tem discernimento e pode responder por seus atos. O promotor contesta. “Nunca vi um laudo tão completo em minha vida. Conta a história do acusado desde criança, por isso foi tão demorado”, disse Bretz.


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