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Estado de Minas FÓRUM LAFAYETE

Com aparência diferente e em liberdade, Maníaco do Anchieta participa de audiência

A vítima e mais sete testemunhas, entre defesa e acusação, foram ouvidas na tarde desta quinta-feira no Fórum Lafayete. Uma nova sessão foi marcada para 28 de maio


postado em 09/05/2013 18:42 / atualizado em 09/05/2013 20:24

Pedro Meyer deve ser ouvido em uma nova audiência marcada para 28 de maio(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
Pedro Meyer deve ser ouvido em uma nova audiência marcada para 28 de maio (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)

“Relembrar tudo de novo e saber que ele vai continuar na rua me deixa desesperada”. Esse foi o desabafo de uma vítima de estupro, que  participou na tarde desta quinta-feira de uma audiência de instrução do processo contra Pedro Meyer Ferreira Guimarães, 56 anos, em Belo Horizonte. Em 2012, a vítima reconheceu na rua o ex-bancário como seu agressor, 16 anos após o crime. O réu, que é acusado de pelo menos outros 15 crimes semelhantes, compareceu hoje ao Fórum Lafayete com a aparência diferente. Agora, o acusado está sem o bigode. 


Nesta quinta-feira, a vítima e o pai foram ouvidos pelo juiz Alexandre Cardoso Bandeira, da 8ª Vara Criminal do Fórum Lafayette. Além deles, outras três testemunhas de defesa e três de acusação prestaram depoimento. Como o caso segue em segredo de Justiça, o teor não foi informado. Uma nova audiência foi marcada para 28 de maio. Na ocasião, serão ouvidas duas testemunhas de defesa. Há a expectativa de que Pedro Meyer também preste depoimento. Após o réu ser ouvido, o juiz vai abrir vistas para os advogados de defesa e acusação. Em seguida, vai proferir a sentença. O maníaco está solto, depois de ser beneficiado por um habeas corpus expedido 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).


A decisão, do dia 10 de abril, foi tomada após o atraso de um laudo de insanidade mental solicitado pela defesa do ex-bancário. Agora, o laudo já está com a Justiça, que deu prazo para o Ministério Público e para a defesa analisarem o documento. O exame aponta que Pedro Meyer é imputável, podendo responder por crimes que é acusado. Com a posse do documento, a Justiça pode "andar" normalmente com os processos em que o ex-bancário é réu.


O ex-bancário deixou o Fórum Lafayete após a audiência na companhia de seu advogado. A soltura dele e a demora em julgar os casos levantou críticas. “Durante 15 anos eu queria encontrá-lo e, quando o encontrei, ele é colocado na rua novamente. A demora da Justiça prolonga o meu sofrimento”, disse uma das vítimas.

Pedro Meyer ficou impune por muitos anos até que, em 28 de março de 2012, ao passar por uma avenida no Anchieta, a mulher reconheceu o ex-bancário como o homem que a atacou quando criança, no Cidade Nova, Nordeste de BH. Ela o seguiu até o prédio em que morava e ele foi preso. Com a divulgação do caso, pelo menos outras 15 mulheres o denunciaram por estupro na década de 1990, quando eram crianças ou adolescentes.


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