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Estado de Minas

Declarações complicam situação do jovem que atropelou grupo e matou um na porta de boate

Testemunhas enfraquecem versão de que responsável por atropelamento fosse perseguido


postado em 09/08/2012 06:00 / atualizado em 09/08/2012 06:46


Depoimentos de testemunhas ouvidas pela polícia comprometem a versão do pintor Hudson Eduardo Silva, de 18 anos, que na madrugada de domingo atropelou e matou uma pessoa e deixou outras feridas próximo à boate Hard Rock Café, no Bairro Vila da Serra, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito, que havia se envolvido numa briga na boate, foi expulso do local pelos segurança e disse que precisou fugir com o carro em alta velocidade, com dois colegas, pois era ameaçado por um grupo armado com pedaços de pau, pedras e garrafas. Ontem, a delegada responsável pelo inquérito, Graziella Lucindo, ouviu os seguranças da boate e outras testemunhas e ninguém confirmou que o suspeito estivesse sob ameaça. “A justificativa dele é que acelerou o carro para não ser agredido, mas até então nenhuma testemunha confirma essa versão”, disse a delegada.

Graziella conta que os seguranças lembraram todo o tumulto que Hudson e seus colegas causaram na boate e que os colocaram para fora. “As testemunhas que estavam na rua não confirmaram a presença de nenhum grupo armado”, acrescentou a delegada. A primeira pessoa a ser atropelada pelo Uno dirigido por Hudson procurou a Polícia Civil ontem. Nuno Ferrey Leal de Araújo, de 18, contou que foi atingido pelo veículo quando estava com um amigo num carrinho de cachorro-quente. Ele foi socorrido pelo vendedor e levado para o Hospital Biocor. Na terça-feira, ao ler reportagem sobre o caso no portal em.com, ele ficou sabendo que era procurado pela polícia para ser ouvido como vítima no inquérito e resolveu se apresentar.

Segundo Nuno, ele e o amigo foram ao alto da ladeira lanchar. Nesse momento, segundo ele, surgiu o carro em alta velocidade e o atropelou. O vendedor socorreu a vítima e o amigo dele em seu carro, segundo a delegada. “Nuno nem sequer viu o desfecho do atropelamento”, disse Graziella Lucindo. O jovem sofreu escoriações nos joelhos e fraturou o nariz. Hoje, ele passa por uma cirurgia de reparação. “Vamos continuar ouvindo os demais envolvidos e as testemunhas qualificadas no boletim de ocorrência”, disse a policial, que também vai ouvir outra vítima de lesões, o auxiliar administrativo Daniel Henrique Brandão, de 25, que permanece hospitalizado.

Os dois amigos de Hudson que estavam no Uno com ele, Iago Bruno Portilho Siman, de 20, e Lucas Marçal Silva Duarte, de 23, deverão ser interrogados novamente. Seguranças do Shopping Alta Villa, onde fica a boate, também foram ouvidos ontem. Eles confirmaram o tumulto dentro do local. Hudson e seus amigos disseram que mexeram com uma mulher que estava acompanhada de um homem e que houve a briga. Ele, que assumiu ter bebido vodca, foi autuado em flagrante por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e está recolhido no presídio de Nova Lima. O crime não prevê pagamento de fiança. O motorista de van Wellington Ribeiro de Faria, de 60 anos, que buscava um grupo de adolescentes numa festa, foi atropelado e morreu no local.
 


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