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Estado de Minas

Filhote de tamanduá-bandeira é resgatado preso ao corpo da mãe morta em estrada

Animal foi encontrado em rodovia próxima à Serra da Canastra. Conforme veterinário, as queimadas para o plantio de cana-de-açúcar afastam os animais de seu habitat natural, aumentando os acidentes.


postado em 20/06/2012 16:30 / atualizado em 20/06/2012 18:50

Segundo o veterinário, o filhote sobreviveu ao atropelamento por muita sorte, já que no início da vida a espécie fica o tempo todo junto ao corpo da mãe.(foto: Cláudio Yudi/Divulgação)
Segundo o veterinário, o filhote sobreviveu ao atropelamento por muita sorte, já que no início da vida a espécie fica o tempo todo junto ao corpo da mãe. (foto: Cláudio Yudi/Divulgação)


Um filhote de tamanduá-bandeira de cerca de 4 meses foi resgatado em uma estrada na cidade de Sacramento, no Alto Paranaíba, sob o corpo da mãe morta, vítima de atropelamento. O veterinário Cláudio Yudi, do Hospital Veterinário de Uberaba, no Triângulo Mineiro, recebeu o filhote na última terça. Ele foi encontrado na noite de segunda-feira por uma pessoa que passava pela estrada e acionou a Polícia Militar de Meio Ambiente, que acionou a clínica. “Fiz os exames ontem e ele estava muito bem, andando. No começo estava um pouco arredio”, explica o veterinário. O filhote, um macho, foi alimentado com leite artificial enriquecido com vitamina K, presente nos insetos dos quais a espécie se alimenta.

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De acordo com Yudi, a estrada onde o filhote foi encontrado é próxima à Serra da Canastra, onde os acidentes envolvendo animais vêm aumentando nos últimos anos. “Tem muitos tamanduás e lobos-guarás na região. Há muita cana-de-açúcar e acontecem queimadas. Os animais fogem de lá em busca de água e alimentos. Como geralmente atravessam a estada à noite e têm visão limitada, as luzes dos faróis batem nos olhos e eles acabam sendo atropelados”, explica o veterinário. Recentemente, segundo ele, uma fêmea de veado estava perdida no meio da área urbana. Ela foi tratada e solta na natureza.

Ainda segundo o veterinário, o filhote sobreviveu ao atropelamento por muita sorte, já que no início da vida a espécie fica o tempo todo junto ao corpo da mãe. “Nessa idade ele fica preso ao dorso dela o tempo todo, senão ele morre. Eles até choram quando são separados da mãe, tanto que foi preciso colocar ele no colo para ser alimentado”, afirma.

Durante o período no hospital, o tamanduá-bandeira ficou em uma estufa para recém-nascidos e, nesta quarta, foi encaminhado ao Serviço de Triagem de Animais Silvestres de Uberlândia, onde ele deve permanecer até a idade adulta. Em seguida, o serviço contata o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que decidirá se o animal será encaminhado para um zoológico, reserva ou se voltará ao habitat natural.


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