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Estado de Minas

Briga de gangues teria motivado chacina em sítio durante festa em Ribeirão das Neves

Dois dos envolvidos na matança foram apresentados pela Polícia Civil que revelou detalhes sobre o crime


postado em 31/05/2012 18:45

Uma briga de gangues aguçada pela disputa do tráfico de drogas pode ter sido a razão da chacina ocorrida no fim de semana em um sítio, no Bairro Bom Sossego, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Chamado sítio “Big Brotther”, em referência ao reality show da TV Globo, o imóvel foi palco de uma festa na noite de sábado, 12, e madrugada de domingo, 13. Por volta de 2h, 12 pessoas chegaram de moto ao local e efetuaram pelo menos 14 disparos. Seis jovens foram baleados, sendo três menores de 18 anos. Duas pessoas morreram. Nesta quinta-feira, a Polícia Civil apresentou Vinícius Gustavo dos Santos Correa, de 18, e Sérgio Luis reis da Cruz, de 22. Eles estão presos no Ceresp São Cristovão, acusados de terem participado da chacina. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão para localizar o terceiro acusado, Josimar Marques Silva, que está foragido, uma pessoa foi detida acusada de tráfico de drogas. Com Alexandre Rodrigues de Jesus, de 30, foram apreendidas 1,2 mil pedras de crack, no valor de R$ 12 mil.

A explicação para a matança do fim de semana tem início em outubro do ano passado. De acordo com o delegado de Homicídios de Ribeirão das Neves, Márcio Rocha, a rixa começou entre Kelvin Nery de Sá, de 17 anos, morto na chacina, e Vinícius, um dos presos apresentado nesta quinta-feira. “Eles fazem parte de grupos de dança (funk) que se desentenderam em outubro passado. Houve uma briga e, depois da festa, Vinícius teria voltado ao local com uma arma para matar Kelvin. Não o fez, mas jurou o rapaz de morte”, afirmou o delegado.

Depois desse fato, Rocha explica que a briga ficou acirrada. “Tudo piorou porque os dois têm amigos em gangues distintas. O Kelvin tinha conhecidos na facção dos Oliveirinhas. Já o Vinícius é primo da mulher do Josimar, que lidera a gangue do Jô. Então, o que era uma rixa pessoal com o Kelvin transformou-se em uma briga do tráfico motivada pelo Vinícius”, afirmou Rocha. Segundo ele, os dois grupos disputam o tráfico na região Central de Neves. Outros oito pedidos de mandados de prisão foram feitos à Justiça, mas foram negados sob alegação de não haver elementos suficientes para acusação.

Entre as seis pessoas baleadas na chacina, quatro sobreviveram e não tinha envolvimento com a confusão, bem como Willian Borges de Oliveira, de 22 anos, que não resistiu a um ferimento no abdome e morreu. Kelvin, que foi atingido por dois tiros, um na cabeça e outro nas costas, não tinha passagens pela polícia. De acordo com o delegado Márcio Rocha, a polícia já está no encalço de prender o terceiro suspeito, Josimar. As armas do crimes também não foram localizadas.

Ouvidos nesta quinta-feira durante apresentação no Departamento de homicídios e Proteção à Pessoa, Vinícius e Sérgio negaram participação no crime. “Não tenho nada a ver com essas mortes, nem com o tráfico. No dia do crime eu estava trabalhando’, defendeu-se Vinícius. Preso por estar com a droga em casa, Alexandre disse que estaria apenas guardando os entorpecentes e não traficando. “Fiz isso por necessidade porque precisava de um dinheiro rápido”, garantiu, sem revelar a quem pertenciam as pedras de crack.


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