A Polícia Civil demorou mais de 48 horas para instaurar inquérito sobre as circunstâncias do acidente que matou Nathalia Azevedo Coutinho e Rosa, de 27 anos. O motorista de um Stilo vermelho, Marcus Vinícius Claudino Fonseca, de 29 anos, estava com sintomas de embriaguez, segundo testemunhas, e os passageiros Rodolfo Alves Figueiras Nunes, de 31, e Bárbara Araújo Cruz, de 25, que estavam no carro, foram levados por bombeiros para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS). O motorista não esperou pelo atendimento e foi embora, mas voltou mais tarde. Entretanto, depois de ser atendido, não fez teste do bafômetro porque deixou o hospital de novo, antes da chegada de policiais civis.
O acidente aconteceu às 6h15 de sábado, no km 547 da BR-040, perto do Viaduto da Mutuca, em Nova Lima, na região metropolitana., quando os dois casais voltavam de uma festa no Bairro Jardim Canadá. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Valdinei José contou que fazia o patrulhamento na rodovia e viu o carro passando em alta velocidade, no sentido BH, e que as duas mulheres estavam com parte do corpo para fora do teto solar. A equipe do policial fez o retorno para seguir o veículo e já o encontrou acidentado. O Stilo bateu em um táxi e capotou oito vezes.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou que somente ontem a delegada Cláudia Nacif instaurou inquérito. “Ela faz as diligências preliminares para depois intimar testemunhas e ouvir os envolvidos no acidente”, informou a Polícia Civil. O boletim de ocorrência da PRF foi registrado no plantão do Detran. Ontem, o chefe da Coordenação de Operações Policiais (COP), delegado Ramon Sandoli, encaminhou o expediente para a Delegacia Especializada em Acidente de Veículo (DEAV). O delegado não quis comentar o assunto.
ENQUANTO ISSO... ... LEI SECA PODE FICAR MAIS RIGOROSA
A Lei Seca será mais rigorosa se o substitutivo do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) ao Projeto de Lei 5.607/09, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ) – aprovado no mês passado pela Câmara dos Deputados –, passarpelo Senado e pela sanção da presidente Dilma Rousseff. O texto permite o uso de vídeos, além de testemunhos, para provar que o condutor está sob influência de álcool ou de outras drogas que causam dependência, além de aumentar a multa de R$ 957,70, para R$ 1.915,40. A versão aprovada pelos parlamentares prevê ainda que não será mais necessário que seja identificada a embriaguez do condutor, mas uma capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.