(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cabine com proteção acústica está entre leis aprovadas pelos vereadores de BH

Como parte do pacotão de derrubada de vetos patrocinado pelos vereadores da capital, lei determina que todo telefone público da cidade tenha um box à prova de som e calor


postado em 14/03/2012 06:00 / atualizado em 14/03/2012 07:04

Em vez do simples e conhecido "orelhão", uma cabine com proteção acústica, para ninguém mais escutar sua conversa, e com isolamento térmico, para deixar o calor do lado de fora. O serviço que lembra o oferecido por cidades dos Estados Unidos e Inglaterra vai virar regra em Belo Horizonte, de carona no bolo de vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) derrubados pelos vereadores. O presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês (PSDB), promete promulgar a lei nesta semana. Se a exigência, que há dois anos ocupa parte do tempo dos legisladores, vai "pegar" é outra questão.

O Projeto de Lei 1.141/2010, do vereador Reinaldo Preto Sacolão (PMDB), obriga a concessionária de telefonia fixa a instalar em 12 meses as tais cabines com isolamento acústico e térmico. O custo da mudança ficará por conta da própria empresa, que, se não cumprir o disposto, será multada no valor de cada cabine não instalada. No caso de reincidência, a cobrança é dobrada. A meta do Legislativo é oferecer maior conforto aos usuários, em virtude da exposição à poluição sonora, ao tempo e à violência. A intenção pode até ter sido boa, mas foi considerada inconstitucional pelo Executivo, entre outros motivos por já haver regulamentação nacional para a questão.

"A proposição obriga a substituição da totalidade dos telefones públicos localizados no município, ignorando hipóteses de inviabilidade desta substituição em decorrência da não adequação à legislação urbanística vigente", diz trecho das razões do veto do prefeito. Segundo a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, a cabine proposta ocuparia na rua espaço maior que o usado pelo "tipo orelhão". Portanto, não seria viável sua instalação, na maior parte dos casos. Nas duas páginas de argumentos fundamentados que jogam as regras pelo ralo, destacam-se outros problemas: uso para outros fins, como banheiro e depósito, prejuízo à visibilidade dos condutores, dificuldade de locomoção e poluição visual.

Como parte do pacotão que derrubou os projetos de lei vetados pelo prefeito também está a criação do "Disque Guarda", destinado ao atendimento emergencial da população em casos em que a presença de agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte seja necessária. Em 60 dias, a contar da publicação da lei, deverá estar a disposição do belo-horizontino um número telefônico de três digitos para receber as chamadas. As razões do veto de Lacerda ao Projeto de Lei 285/2011, do vereador João Oscar (PRP), sustentam que além de se tratar de matéria cuja conveniência deve ser decidida pelo Poder Executivo, o novo serviço e sua divulgação trariam despesas para o município, sem que a Câmara indicasse fonte de custeio.

Savassi

Já por meio do Projeto de Lei 2.032/2011, do vereador Joel Moreira (PTC), será criado o "Polígono Nova Savassi" com o objetivo de preservar e promover a região compreendida pelas ruas Tomé de Souza, Paraíba, Fernandes Tourinho e Alagoas (veja mapa). A decisão de delimitar a área vem acompanhada da possível implantação de um conselho consultivo, formado por um colegiado composto por representantes e suplentes do Executivo, do Legislativo, dos setores cultural, de eventos, ambiental, de entidade de lojistas, comerciários e moradores. A competência desse grupo é propor ações de recuperação, cooperar com projetos educativos e de lazer, emitir pareceres, zelar pela manutenção da região, elaborar calendário oficial de eventos, sugerir campanhas, entre outros.

A presidente da Associação dos Lojistas da Savassi (ALSA), Maria Auxiliadora Teixeira de Souza, dona de uma empresa e moradora da região, comemorou, embora a entidade não tenha sido convocada para participar da proposta. "Tudo sempre aconteceu à revelia. É fundamental a participação da associação nos assuntos que sejam da Savassi. Mas ainda não fomos comunicados de nada. Não sei ainda como seria, mas com certeza é importante ter um representante nosso nesse grupo", avaliou. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da Savassi e também presidente da Associação dos Moradores do bairro (AMAS), o italiano Alessandro Runcini, concorda. "Até então os moradores não tiveram muita participação nas decisões. É importante ter uma equipe multidisciplinar", disse.

Nas razões do veto, o prefeito decepciona Maria Auxiliadora e Runcini. "A criação de um conselho consultivo para tratar de assuntos relevantes para a região revela-se desnecessária, em função da destacada atuação das associações e entidade de classe verificada no período das obras", diz o texto.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)