As opiniões se dividem com relação à queda média de 5,46% no valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros usados em Minas. “Qualquer desconto deve ser comemorado”, diz a gerente de vendas Nancy Camini, de 29 anos, que pode pagar em torno de R$ 15 a menos pelo seu Corsa ano 1997. Já a empresária Soaraia Resende, de 27, lamenta: “Péssima notícia, já que não se trata de um desconto real. Apenas estão confirmando o que já sei, que é a depreciação do meu carro”, reclama a dona de um Space Fox 2009.
A analista financeira Grasiele Carvalho, de 32, não vê motivo para comemorar: “Não creio que a redução do valor passe de 5%. Tenho um Palio 2009 e a queda de preço na tabela não chega a tanto. E, como estou pensando em trocá-lo por um novo, não vou ter benefício, já que vou pagar o imposto sobre o valor da nota fiscal”, justificou Grasiele, que lembrou o aumento de mais de 6% na taxa de licenciamento.
O despachante de voo Luiz Henrique Araújo, de 20, calcula que pode pagar até R$ 30 a menos de IPVA de seu Gol Rallye 2011. “Como quitei o imposto proporcional de oito meses, acho que ao final o impacto será o mesmo no bolso. Se de fato considerarem a queda do preço de tabela, pode ser que pague menos do que quando tirei o carro da concessionária.”
O consultor tributário Frederico Yuri Abreu Mendes, de 25, dono de um Mitsubishi ASX, critica a política de cobrança do imposto. “É necessária uma reforma quanto ao critério de cobrança e de aplicação da receita. De que adianta uma queda de R$ 180 no valor do IPVA, se não há contrapartida do imposto a meu favor? Estou rodando com o estepe, pois tive um prejuízo de R$ 800 com um pneu que estragou em um buraco”, reclamou.
