
Diante do altar florido e disputado por profissionais da imprensa de Minas e de outros estados, centenas de católicos se juntaram em rito de fé. Muitos com testemunhos de milagres realizados por irmã Benigna, agora, sob investigação diocesana sobre vida, virtude e fama de santidade. Devotos como Narcisa Mascarenhas, de 66 anos, aposentada, há 20 anos na luta contra o câncer. “É um momento de felicidade máxima, porque, para mim, ela já é santa. Primeiro, foi o câncer de mama. Depois, há 10 anos, no intestino. Os médicos falaram que só um milagre me salvaria. No dia da cirurgia, eles me viraram pelo avesso e nada encontraram. Ela nunca me deixou na mão”, emociona-se.

DEDICAÇÃO E FÉ Na paróquia, além da bela performance do Coral Fran Pax, com 12 vozes e 12 instrumentos, chama a atenção a dedicação silenciosa de dois jovens fiéis ao longo das mais de duas horas de trabalho pela celebração eucarística. Os dois se desdobram para dar suporte aos bastidores. Irmã Jéssica Luana, de 25, da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, e o professor Emanuel Castro Costa, de 30. Irmã Jéssica, há três anos no Rio de Janeiro, fala da data como “um grande sinal de Deus, na força do desejo de servir melhor”. Emanuel, que comemorou 18 anos no CTI do João XXIII, com fratura exposta e coagulo no cérebro, vê na própria vida de orações motivo de sobra para tanta fé e empenho pela beatificação de irmã Benigna, cujo corpo, em 1981, foi sepultado entre flores, mensagens de carinho e inúmeros pedidos de graça.
