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Estado de Minas

Religiosa de Diamantina está caminho de se tornar santa


16/10/2011 07:51 - atualizado 16/10/2011 07:57

(foto: Cristina Horta/EM/D.A/Press)
Hoje, faz 30 anos que Maria da Conceição, a irmã Benigna Victima de Jesus, partiu. Às 14h, no Cemitério do Bonfim, vai haver missa em homenagem à mineira de Diamantina, nascida em 1907 e admitida em 1934 pela Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. Ontem, com o céu acinzentado e a passarada a fazer festa do lado de fora, na Praça Duque de Caxias, a Igreja de Santa Tereza e Santa Terezinha, no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, foi palco para celebração de pompa, presidida pelo arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que abriu o processo de beatificação de irmã Benigna. Entre autoridades políticas e sacerdotes presentes, o italiano Paolo Vilotta, postulador da Causa dos Santos, que trabalhou no processo de beatificação da baiana irmã Dulce.

Diante do altar florido e disputado por profissionais da imprensa de Minas e de outros estados, centenas de católicos se juntaram em rito de fé. Muitos com testemunhos de milagres realizados por irmã Benigna, agora, sob investigação diocesana sobre vida, virtude e fama de santidade. Devotos como Narcisa Mascarenhas, de 66 anos, aposentada, há 20 anos na luta contra o câncer. “É um momento de felicidade máxima, porque, para mim, ela já é santa. Primeiro, foi o câncer de mama. Depois, há 10 anos, no intestino. Os médicos falaram que só um milagre me salvaria. No dia da cirurgia, eles me viraram pelo avesso e nada encontraram. Ela nunca me deixou na mão”, emociona-se.

Narcisa Mascarenhas, devota de irmã Benigna, assegura que a freira a curou de dois cânceras
Narcisa Mascarenhas, devota de irmã Benigna, assegura que a freira a curou de dois cânceras (foto: Cristina Horta/EM/D.A/Press)
Emoção que se repete em Vânia Camilo, de 47, cozinheira. “São muitas as graças alcançadas. Recentemente, tive um problema muito grave de hérnia no umbigo. Falei com Jesus por meio da irmã Benigna e fui completamente curada”, sorri. Vânia e família, há anos, todas as segundas-feiras de dezembro, rezam no túmulo da “santa da fartura”. Fiéis de várias gerações, avós, mães e duas crianças de colo, na lateral do altar, se ajeitam entre câmeras fotográficas e filmadoras para acompanhar a missa. Dom Walmor recorre ao dia e à obra de Santa Teresa de Ávila, Castelo interior: “Tudo tem o que tem oração. O que tem oração tem tudo. Santa Teresa, assim como irmã Benigna, nos mostra a importância da oração, que é a intimidade com o mistério do amor de Deus”.

DEDICAÇÃO E FÉ Na paróquia, além da bela performance do Coral Fran Pax, com 12 vozes e 12 instrumentos, chama a atenção a dedicação silenciosa de dois jovens fiéis ao longo das mais de duas horas de trabalho pela celebração eucarística. Os dois se desdobram para dar suporte aos bastidores. Irmã Jéssica Luana, de 25, da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, e o professor Emanuel Castro Costa, de 30. Irmã Jéssica, há três anos no Rio de Janeiro, fala da data como “um grande sinal de Deus, na força do desejo de servir melhor”. Emanuel, que comemorou 18 anos no CTI do João XXIII, com fratura exposta e coagulo no cérebro, vê na própria vida de orações motivo de sobra para tanta fé e empenho pela beatificação de irmã Benigna, cujo corpo, em 1981, foi sepultado entre flores, mensagens de carinho e inúmeros pedidos de graça.


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