Uma tentativa de sequestro no fim da tarde desta sexta-feira, no Mangabeiras, área nobre de Belo Horizonte, mobilizou um grande aparato do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. Uma equipe com 25 militares do grupo de elite fez um cerco em torno de um imóvel, na Avenida Agulhas Negras, próximo à Praça da Bandeira, onde estariam pelo menos seis reféns.
No local, uma empresária, que não teve o nome divulgado, foi rendida por bandidos quando chegava em sua casa. Dois deles a obrigaram seguir para a casa de seus pais, onde supostamente iriam extorquir dinheiro. Mas ao passarem por uma viatura da PM, no trajeto, os criminosos abortaram o plano e fugiram.
De acordo com o tenente-coronel Marcelo Vladimir Corrêa, comandante do Gate, as primeiras informações davam conta de que os outros dois bandidos ainda mantinham reféns no imóvel. “Quando chegamos, encontramos seis funcionários da casa, que já estavam livres. Os criminosos já fugiram sem levar nenhum pertence”, explicou o militar.
O pedreiro Sérgio Custódio, um dos reféns, contou que estava nos fundos do imóvel, trabalhando com mais três operários, numa obra de reforma externa da casa, quando os dois homens armados os abordaram. “Eles nos colocaram dentro do elevador, onde já estavam duas empregadas. Disseram para ficarmos quietos. Não deu para ver o rosto deles”, disse Custódio.
De acordo com o major Luiz José Filho, subcomandante do 22º BPM, os dois homens que obrigaram a empresária a levá-los à casa de seus pais, no carro dela, um Hyundai ix 35, a abandonaram na Rua Aimorés, na área central, e roubaram um telefone celular da mulher. Eles teriam alertados seus comparsas, que ficaram no imóvel da empresária, para que deixassem o local.
A mulher, muito assustada, contou aos policiais que os criminosos estavam bem vestidos, um deles com um blazer. Ela disse que não tinha como descrever as características dos bandidos, pois lhe ordenaram que não olhassem para eles. Um grande cerco policial foi montado na região, até mesmo com uso de um helicóptero. Mas cerca de três horas depois da ação dos criminosos, nenhum suspeito foi localizado e a operação foi desmobilizada.