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Estado de Minas

Professor que chamou Valesca Popozuda de pensadora já foi punido por método

Acostumado a polêmicas, Antônio Kubitschek de Oliveira agrada aos alunos com suas aulas inovadoras


postado em 13/04/2014 18:36

Professor diz que já foi alvo de perseguição política(foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
Professor diz que já foi alvo de perseguição política (foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

Durante a última semana, ele se envolveu em uma polêmica nacional e virou um dos temas mais comentados das redes sociais. Tudo porque formulou uma questão para prova de estudantes do Centro de Ensino Médio 3, de Taguatinga, citando a música da funkeira Valesca Popozuda Beijinho no ombro, considerada um hit do momento. O professor Antônio Kubitschek de Oliveira se referiu à cantora como uma “grande pensadora contemporânea”. Não é a primeira polêmica em que Antônio se envolveu.

Em 2004, ele foi alvo de um processo administrativo e, com outros sete docentes, acabou afastado do Centro de Ensino Médio 5, em Ceilândia. Ele lembra do episódio de 10 anos atrás e diz que a decisão foi fruto de “perseguição política”. “Nós bolávamos exercícios interdisciplinares e fazíamos debates sobre temas diversos. Entrou uma nova direção na escola, que discordava dos nossos conceitos e nos considerava de esquerda, por isso nos tirou de lá”, relata. Antônio critica aqueles que rejeitam métodos de ensino inovadores. “Temos que nos reinventar para prender a atenção dos alunos. A aceitação do nosso método era tão grande que, quando saímos de lá, os alunos ficaram 22 dias de greve como forma de protesto. Essa foi a prova que tínhamos razão”, recorda-se.

No mais recente episódio, ele diz que alcançou o objetivo, que era mesmo causar polêmica.
Extrovertido e benquisto por todos, o mineiro, de 43 anos, é considerado pelos estudantes um dos melhores professores do colégio e defende sua forma de ensinar. Ele acredita que o ambiente escolar é um local em que é necessário suscitar debates sobre temas polêmicos, para que os alunos pensem além do senso comum. “É o papel do professor, ainda mais o de filosofia, estimular os meninos a refletirem sobre a humanidade e sobre o mundo atual”, opina.


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