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Estado de Minas

Alunos da rede estadual melhoraram desempenho em teste de português e matemática


postado em 23/04/2013 00:12 / atualizado em 23/04/2013 08:37

Os alunos da rede estadual melhoraram em português e matemática, mas é grande o desafio para alcançar os níveis de padrões recomendáveis de desempenho. Menos da metade dos estudantes aprendeu as duas disciplinas de forma satisfatória. No ensino médio, o abismo é mais perceptível, principalmente quando se trata de lidar com os números: apenas 3,8% dos estudantes do 3º ano estão no nível desejável na disciplina de ciências exatas. Os dados, divulgados ontem pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), são o resultado de 2012 da Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb). O teste foi aplicado pelo estado em alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da última série do médio. A secretaria comemora a melhora em relação a 2011, mas admite que há muito a ser feito. Vários programas em curso são a aposta para melhorar os ganhos em sala de aula.


A avaliação contempla três padrões – baixo, intermediário e recomendável. O 5º ano do ensino fundamental apresentou o melhor resultado em matemática: 60% dos estudantes alcançaram o padrão recomendável de aprendizado, crescimento de 2,9 pontos percentuais em relação a 2011. Já em português, 45,6% dos alunos alcançaram a proficiência, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. No 9º ano, o destaque também foi em português: 34,8% dos estudantes alcançaram níveis satisfatórios de aprendizado, contra 33,7% em 2011. Em matemática, o índice ficou bem abaixo e atingiu menos de um quarto dos alunos: 23,2% deles tiveram desempenho recomendável em 2012 – no ano anterior, o percentual foi de 21,2%. No ensino médio, a melhora em matemática foi tímida no ano passado em relação a 2011, com um crescimento de apenas 0,1%. Em português, o aprendizado desejável alcançou uma parcela bem maior de quem estava matriculado nessa série: 30,7%.

“O importante é que a média do sistema e os índices aumentaram em todos os níveis, bem como a participação dos alunos. Temos 189 mil alunos no 3º ano do ensino médio na rede estadual, dos quais 158.321 fizeram a prova, o que representa 83,7%. Em 2011, essa participação foi de 79,8%”, diz a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola. No 5º ano do fundamental, 94,3% dos alunos fizeram a prova, e no 9º ano, 88,8%. Mas ela destaca: “O maior desafio é melhorar o ensino médio”.

Uma das principais apostas é o Reinventando o Ensino Médio, programa que está atualmente em 133 escolas e que será implantado em toda a rede a partir do ano que vem. Nesse novo modelo de ensino, a carga horária da última etapa do nível básico será ampliada das atuais 800 horas para 1 mil horas. Em sala de aula, os professores vão trabalhar com temas complementares, incluindo um conjunto de atividades e aulas em áreas de empregabilidade, criando assim a ponte entre a escola e o mundo do trabalho. “Não vamos profissionalizar os alunos, mas pré-profissionalizar”, diz a secretária Ana Lúcia Gazzola. Entre as áreas abordadas estão comunicação aplicada, turismo, tecnologias da informação, meio ambiente e recursos minerais, empreendedorismo e gestão e estudos avançados (ciências sociais e natureza). Esse último será voltado para quem vai fazer o vestibular e está interessado em aprofundar o aprendizado.

MODERNIDADE Usar as tecnologias como aliadas no ensino médio é outra proposta. As salas de aula vão ganhar lousas digitais, os professores estão recebendo 62 mil tablets e os laboratórios estão passando por melhorias. “O grande desafio é começar o que não é universal. Temos vaga sobrando, mas precisamos trazer o jovem para a escola”, ressalta. Segundo Ana Lúcia, a distorção idade/série é uma das grandes causas da evasão, assim como a oferta do ensino médio no horário noturno.

Por causa disso, o curso está voltando para o período diurno – 72% das vagas já são oferecidas durante o dia. A expectativa é chegar ao fim de 2014 com um percentual na casa dos 85%. “A melhora do curso dá mais significado para o aluno e, com isso, o abandono e a evasão tendem a cair, mas temos de ter ações integradas. A médio prazo, o Reinventando o Ensino Médio mudará o quadro. Já estamos com queda das desistências nas 11 escolas que serviram de piloto no ano passado”, conclui a secretária.

Duas escolas de Belo Horizonte são exemplo de quem não só cumpriu o dever de casa, como foi além. Na Escola Estadual Pedro II, na Região Hospitalar, a instituição teve nota 304,17 em português, no 9º ano do ensino fundamental – 49,67 pontos acima da média do estado. Já no 3º ano do ensino médio, a escola se destacou tanto em matemática quanto em língua portuguesa, com um desempenho de 352,07 pontos na primeira (a média das instituições mineiras foi de 285,3) e 325,74 pontos na segunda (51,94 pontos acima da média estadual). Já a Professor Leon Renault, no Bairro Gameleira, na Região Oeste da capital, se destacou no 5º ano do ensino fundamental, com 323,76 pontos em matemática e 282,59 em português (as médias das escolas mineiras ficaram em 237,1 e 217,6, respectivamente).
 


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